terça-feira, 12 de março de 2024

Morre Edvar Freire Caetano, 74 anos

Publicado originalmente no site do jornal CORREIO DE SERGIPE, de 12 de março de 2024 

Velório do jornalista Edvar Caetano acontece no cemitério Colina da Saudade

O corpo do jornalista Edvar Freire Caetano, 74, será velado a partir das 11h no Cemitério Colina da Saudade, em Aracaju. Após às 15h de hoje (12), o corpo segue para um crematório, onde acontece uma cerimônia restrita aos familiares. O jornalista morreu na madrugada desta terça-feira no Hospital Primavera, onde estava internado para tratamento. Edvar é irmão do médico Edney Caetano e atualmente trabalhava como editor do semanário online Cinform.

Formado em Comunicação Social pela Universidade Tiradentes Unit), em 1991, Edvar possuía MBA em Gerência de Projetos pela Fanese (2008) e Especialização em Gestão Pública pela UFS em parceria com a Fapese. Ele foi revisor da Universidade Federal de Sergipe (UFS); editor jornal Ação Popular; instrutor/consultor de comércio internacional do Sebrae Sergipe; foi diretor de Administração e Finanças da Secretaria de Estado do Turismo; gerente de Projetos e Programas Especiais da Defensoria Pública do Estado de Sergipe; e coordenador do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento.

Edvar Caetano também foi editor do extinto jornal Gazeta de Sergipe, A Semana em Foco, e atualmente era editor do Cinform.

Texto e imagem reproduzidos do site: ajn1 com br

quarta-feira, 6 de março de 2024

Orlando Dantas, na redação da 'Gazeta de Sergipe'

Post compartilhado do Perfil do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão, em 30 de abril de 2022.

Há muito procurava uma foto de Orlando Dantas na redação da Gazeta de Sergipe. Havia encontrado um negativo, muito danificado. Passei pelo scaner, e transformei em positivo no Photoshop. Estava tão danificada e escura que nem dava para ver a imagem. Inclusive com um rasgão no centro. Trabalhei alguns dias na foto, e já dá para ver a imagem. Orlando Dantas em frente à velha Remington. Vale o registro. E vou continuar trabalhando para melhorar.

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão.

sábado, 27 de janeiro de 2024

Entramos no ano do centenário do Diário do Comércio

Publicação compartilhada do site DCOMÉRCIO, de 15 de janeiro de 2024  

Entramos no ano do centenário do Diário do Comércio

Criado em 1° de julho de 1924 como um Boletim Confidencial, o DC completa um século de história com o propósito de munir o empresário de informações que o ajude no dia a dia dos negócios

Por Renato Carbonari Ibelli

Entramos no ano do centenário do Diário do Comércio

Em 1° de julho, o Diário do Comércio passa a fazer parte de um distinto grupo de publicações - entre as quais estão o Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, The New York Times, The Guardian - que noticiam acontecimentos do Brasil e do mundo há pelo menos 100 anos. 

Para comemorar nosso centenário, estão sendo preparadas diversas ações - entre elas o lançamento de um livro e uma exposição de capas históricas do jornal. Além disso, a partir de hoje, periodicamente faremos inserções no site do DC com conteúdos que remetam a fatos importantes da nossa história. 

Para iniciar essa série, achamos importante mostrar ao leitor, ainda que de forma resumida, como o jornal se transformou ao longo das décadas, com a intenção de levar informações úteis e de qualidade aos empreendedores de diferentes épocas.  

Nossa trajetória começou em 1924, quando a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), entidade que mantém a publicação até hoje, passou a distribuir algumas folhas datilografadas sob o título de Boletim Confidencial. Suas páginas traziam uma relação de nomes de pessoas que deviam na praça. 

Era um informativo restrito, como o próprio nome sugeria, mas de grande importância para os comerciantes, que a partir das informações ali publicadas podiam atuar no mercado de crédito com mais segurança.

Esta é a primeira edição do informativo que mais tarde se tornaria o Diário do Comércio. A publicação nasceu em 1924 com o nome de Boletim Confidencial, e trazia uma relação de nomes de devedores - algo que ajudou a dar mais segurança ao mercado de crédito, à época

 Com o tempo o conteúdo ganhou corpo, com a incorporação de estatísticas das mercadorias que entravam na cidade de São Paulo, a movimentação dos navios que atracavam no porto de Santos, manifestos de importação e exportação. Não havia mais motivo para a publicação ser “confidencial”, e em 1929 ela muda de nome para Boletim Diário. 

Nessa época, o informativo ainda era feito de maneira artesanal, com cópias rodadas em mimeógrafo. Mas à medida que a publicação ganhava corpo e leitores, foi necessário modernizar o processo. Em 1947, com mais de 3 mil assinantes, o boletim passa a ter impressão tipográfica, e ganha o formato de tabloide.

O nome Diário do Comércio batizaria a publicação dois anos mais tarde, em 1949. Pouco depois, em 1954, ao completar 30 anos, o jornal passa a ser impresso em gráfica própria. 

A partir de então, a publicação entra em um processo contínuo de transformação. Mudanças editoriais são implantadas nos anos de 1970, definindo seções fixas para debater política, economia - que passa a ter análises da equipe do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP -, ganha a seção “Empresas e Produtos”, entre outras. Nesse período, a publicação contava com uma média de 22 páginas e, segundo atas da ACSP, tinha mais de 20 mil assinantes.

Na década de 1980, o DC muda de endereço. A publicação, que já havia saído da rua Boa Vista, no centro histórico da capital, para o Brás, agora instala suas oficinas na Rua Galvão Bueno, na Liberdade, local da antiga gráfica do Diário Oficial de São Paulo. Nessa transição, o jornal também ganha um departamento de marketing próprio para cuidar das assinaturas e comercialização de espaços publicitários.

As cores chegam às suas páginas em 1998, acompanhando o movimento das principais publicações do país.

A capa da edição de 1° de julho de 1949 anunciava a mudança de nome da publicação, que a partir de então passaria a se chamar Diário do Comércio

Ao entrar nos anos 2000, o DC é completamente repaginado. Ele ganha uma diagramação mais moderna, e tem a equipe ampliada. A partir de 2003, o jornal começa a desenvolver uma série de cadernos especializados (veículos, cultura, viagem, informática, esportes e imóveis) e rompe a fronteira de São Paulo, passando a ser distribuído também em Brasília.

Foi um período profícuo da publicação, que ganha prêmios, entre eles dois ExxonMobil de Jornalismo, conhecido como Prêmio Esso, o mais importante do setor. O primeiro veio em 2005 (Esso de Fotografia concedido a Evandro Monteiro, pela obra "Guerra no Centro"). O outro, em 2009 (Esso de Melhor Contribuição à Imprensa, pela obra "Museu da Corrupção").

O DC cresce nos anos 2000: ganha cadernos especializados, uma nova identidade visual e começa a ser distribuído em Brasília, além de São Paulo

O passo seguinte seria o mais difícil da história do jornal, que por mais de 90 anos foi o único impresso diário no mundo editado por uma entidade de classe. Em 2014, a edição impressa do Diário do Comércio foi encerrada. A partir de então, toda a atenção seria direcionada para o conteúdo digital, eliminando assim as barreiras logísticas que separam a informação dos leitores.

Hoje, o portal dcomercio.com.br auxilia o empreendedor com reportagens a respeito de tendências emergentes em áreas decisivas para as empresas, como gestão, marketing, finanças, tecnologia, inovação, sustentabilidade e legislação. 

IMAGEM: Arquivo DC e biblioteca ACSP

Texto e imagens reproduzidos do site: dcomercio com br

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Lançamento da Revista Caçuá Cultural, em Aracaju



Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 20 de dezembro de 2023

Revista Caçuá Cultural será lançada nessa quinta-feira

A revista traz matéria de capa sobre a grandiosidade dos festejos juninos em Sergipe

A primeira edição da revista Caçuá Cultural, produzida e editada pela Imprensa Oficial de Sergipe (Iose), será lançada nessa quinta-feira (21). Totalmente voltada a aspectos culturais do estado, a revista apresenta textos e imagens que englobam a música, dança, literatura, teatro, folclore e várias outras vertentes da cena cultural sergipana. O lançamento ocorrerá na sala da presidência da Iose, na Rua Propriá, 227, a partir das 10 horas.

“Essa revista abrirá espaço para todas as pessoas que produzem arte e que nem sempre têm a oportunidade de mostrar ao público. É o caso de muitos poetas, fotógrafos, pintores, escultores, músicos, atores, enfim, uma gama de artistas sergipanos que merecem ser apreciados nas páginas da nossa Caçuá Cultural”, disse o presidente da Iose, Francisco Gualberto.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Imprensa Oficial, nesse primeiro número, a revista traz matéria de capa sobre a grandiosidade dos festejos juninos em Sergipe este ano, quando foi retomado no estado o mote de Sergipe como país do forró. A nova revista cultural tem como editor-geral o jornalista Gilson Sousa, com produção de Taís Melo e projeto gráfico elaborado e executado por Clara Macedo e Rodrigo Carvalho.

Há também matérias sobre o espetáculo Ópera do Milho; a presença de Luiz Gonzaga em Propriá; sobre a trajetória do mestre quadrilheiro Elói Filho e mestra do samba de coco, Dona Madá da Ilha Grande; a emblemática Casa dos Marionéticos; além de uma significativa homenagem ao jornalista e poeta Amaral Cavalcante, editor do jornal alternativo Folha da Praia e da revista Cumbuca. A edição pioneira traz ainda poemas de Maria Glória e fotografias artísticas de Emanoel Rocha.

Fonte e foto: Secom/GS

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias com br

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Memória de uma Imprensa Alternativa

Imagem: Reprodução

Publicação compartilhada do site UNESP, de 29 de julho de 2019

Memória de uma Imprensa Alternativa

Digitalização de Versus, Opinião e Movimento tem financiamento da SMC de SP

Por: Assessoria de Comunicação do CEDEM, da Unesp

Versus, Movimento e Opinião contam o outro lado de um período da história do Brasil

Os tablóides que circularam nas décadas de 1970 e 1980 têm em comum a denúncia da arbitrariedade e da violência cometidas em nome da política do regime civil-militar de 1964. Chamados de imprensa alternativa, esses jornais questionaram a legalidade do regime e manifestaram opiniões em oposição. Em uma ocasião em que a censura era rotina, eles  representaram canais de manifestação das vozes que discordaram da política oficial. Versus, Opinião, Movimento, Em Tempo, O Pasquim foram os principais jornais representativos da imprensa alternativa.

No final de 2018, o CEMAP/Interludium (Centro de Estudos do Movimento Operário) foi classificado no Edital de Apoio à Digitalização de Acervos da Secretaria Municipal de Cultura, da Prefeitura do Município de São Paulo, para a digitalização das coleções dos jornais Versus, Opinião e Movimento, que estão custodiadas no CEDEM. Este conjunto de documentos é constituído por aproximadamente mil e cem exemplares dos respectivos periódicos, publicados entre 1972 e 1981.

O projeto Memória de uma Imprensa Alternativa terá duração de 12 meses, ao custo de R$ 100.000,00. “São três coleções importantes que relatam a história de resistência daquele período,” destaca a coordenadora do CEDEM, Sonia Troitiño. “A imprensa alternativa fazia circular as opiniões de partidos, sindicatos, instituições e organizações, por meio das quais os leitores se organizavam,” destaca Solange de Souza, historiógrafa do CEDEM. 

Sobre as publicações:

Opinião - Lançado em 1972 pelo empresário Fernando Gasparian, foi o primeiro jornal de oposição à ditadura civil-militar no Brasil. Concebido para ser um canal para manifestação de intelectuais e jornalistas de oposição, Opinião era voltado essencialmente para a análise econômica fomentando, assim, a discussão acerca das contradições do "milagre econômico" durante o regime militar brasileiro. Alvo da censura, o jornal foi fechado em 1977. 

Versus - O jornal Versus foi criado em 1975 pelo jornalista gaúcho Marcos Faerman. Foi publicado até meados de 1979. Inspirado em publicações como a revista Crisis, do escritor Eduardo Galeano, Versus mesclava jornalismo, literatura, poesia, fotografia e quadrinhos. A diversidade de narrativas buscou expressar os diversos sentimentos que envolviam o período da ditadura civil-militar no Brasil. Foi um dos principais expoentes da imprensa de resistência nos anos 1970.

Movimento - Fundado em 1975 pelo jornalista Raimundo Pereira, o jornal Movimento surgiu como uma dissidência do jornal Opinião. Tinha como proposta representar uma frente ampla das forças de oposição à ditadura civil-militar no Brasil, sendo alvo de censura por parte do regime. A principal campanha de Movimento foi pela anistia aos exilados e presos políticos, conquistada em 1979. Na década de 1980, o jornal enfrentou problemas, entre os quais, ataques terroristas a bancas de jornais e um processo judicial contra seu diretor-responsável.

Sobre o CEMAP/INTERLUDIUM

O Centro de Documentação do Movimento Operário (CEMAP) foi fundado há 37 anos com objetivo de ser um local de produção de memória, assim como as bibliotecas, os museus e os arquivos. Atualmente, o acervo é gerido pela Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) CEMAP-Interludium.  O acervo documental do CEMAP está sob a guarda do Centro de Documentação e Memória (CEDEM) da UNESP.

O CEMAP possui uma biblioteca com seis mil livros; um acervo privado totalizando 800 caixas; além de documentação sonora e iconográfica composta de fotografias, cartazes, adesivos e "botons". A hemeroteca contém três mil títulos de periódicos, principalmente relacionados ao movimento operário.

Outro ponto alto do acervo é o conjunto documental com a correspondência e os artigos de Mário Pedrosa, produzido no período entre 1923 e 1931, com interlocutores como Murilo Mendes, Lígia Clark, Francisco Matarazzo Sobrinho, Benjamin Péret, Oscar Neimeyer, Antonio Candido, Pietro Maria Bardi, Tomie Otake, Ferreira Gullar e outros.

Onde pesquisar:

Centro de Documentação e Memória (CEDEM), da Unesp

Praça da Sé, 108, 1º andar – São Paulo (SP).

pesquisa@cedem.unesp.br

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Texto e imagem reproduzidos do site: www cedem unesp br

Veja vídeo sobre a digitalização das coleções: Memória de uma Imprensa Alternativa

 

Nos gloriosos tempos da revista Afinal…, por Sérgio Vaz

Legenda da Imagem: Foto reproduzida do google e postada pelo blog 'Meio Impresso', para simples ilustração do presente artigo.

Texto compartilhado do PORTAL DOS JORNALISTAS, de 13 de dezembro de 2019

Memórias da Redação: 

Nos gloriosos tempos da revista Afinal…

Por Sérgio Vaz 

Vixe: ninguém sabe o que é a revista Afinal, e então seria necessário apresentá-la para o eventual leitor. Bem rapidinho: Afinal foi uma revista semanal de informação que circulou (pouco) entre 1984 e 1988, com a pretensão de concorrer com Veja e IstoÉ, tentando ser menos sisuda, mais alegre que o modelo de revista semanal de informação estabelecido e ditado pela Time.

O dono era um cubano exilado meio doido (a rigor, bastante doido), que tinha uma agência de publicidade e achava que seu dinheiro era suficiente para bancar a revista por alguns meses e nesse período ela iria estourar e ser um sucesso fenomenal, um case mundial, universal de êxito editorial.

O cubano doido soube escolher o diretor de redação: chamou Fernando Lima Mitre, então diretor do Jornal da Tarde, o grande Jornal da Tarde, criativo, dinâmico, ousado, à frente de seu tempo. Mitre carregou para a aventura um bando de gente de talento. (Como ninguém é perfeito, e faz todas as escolhas certas, me levou também.)

O primeiro ano foi glorioso para nossas contas bancárias – os salários eram ótimos –, mas não muito bom para nossos egos: a revista simplesmente não acontecia. Não pegava. Vendia pouco – e, portanto, tinha pouco anúncio. Lá pelo meio do segundo ano, a Afinal entrou em crise.

Mas estou me alongando.

É fundamental dizer, no entanto, que a Afinal era uma redação absolutamente democrática. Desde o início, todo mundo tinha o direito, e até o dever, de palpitar.

Quanto mais pobre a revista ficava, quanto mais os editores e repórteres cascavam fora em busca de porto mais seguro – ou seja, pagamento em dia – mais ampla ainda se tornava a democracia.

A redação, a arte, a fotografia, o comercial, a direção, tudo ocupava um pequeno prédio na Maria Antônia, bem perto da Consolação, no centro de São Paulo.

Bem do lado ficava um restaurante de comida baiana, que chamávamos simplesmente de O Baiano. Ao final de cada dia de trabalho, descíamos todos para O Baiano. O Baiano era uma espécie de sucursal da redação no térreo. Chegou ao ponto de o baiano dono do lugar – sujeito que industrializava o mau humor – às vezes atender ao telefone dizendo: “Revista Afinal, boa noite!”.

***

Baita nariz de cera.

A historinha vem agora.

Aconteceu de uma noite Sandro Vaia, então diretor da Redação, após a saída do Mitre para o porto seguro da TV Bandeirantes, não beber. Era o único que não bebia álcool na mesa comprida de montes de gente da redação, da fotografia, da arte. Tinha pedido um suco de alguma coisa. Era a primeira vez que ia ao bar e não bebia – estava para fazer exame médico, ou tomando algum remédio, não me lembro.

O fato é que aquilo era algo absolutamente inédito.

Aí então a Fernandinha Domingues, na época uma foquinha de tudo, saiu-se com a pérola:

– Ih, Seu Sandro, mas o senhor sabe dirigir sem beber?

***

A frase da Fernandinha, absolutamente genial, é uma das melhores histórias que guardo dos bons, felizes tempos da revista Afinal.

Me lembrei dela agora por causa do cigarro.

Fumante adora falar sobre cigarro. Ex-fumante adora falar sobre cigarro. Fumante candidato a ex-fumante só fala de cigarro. O tempo todo. É insuportável, é um saco absoluto.

Dois dias atrás, botei no Facebook um post que tentava ser brincalhão sobre a determinação médica para eu parar de fumar. A reação foi absurda, superlativa, histórica. Foi o meu post mais comentado e curtido – e olha que eu dia sim dia não boto posts da minha neta linda, que são bastante comentados e curtidos. Até porque ela é linda demais.

Cigarro é um dos temas que mais fascinam as pessoas – sejam elas os jurássicos, trogloditas, raça em extinção de fumantes, sejam elas os felizes, bem-sucedidos, corajosos vencedores do vício.

Todos têm a sua história, e todos gostam muito de contá-la, assim como eu estou aqui falando de cigarro, absolutamente louco de vontade de fumar não um cigarro, mas um pacote inteiro, enquanto tento, desesperadamente, não acender um.

***

Nas últimas não sei quantas horas (não, não vou entrar no esquema AA de 6 meses, dois dias, 6 horas e 25 segundos), nas últimas horas, que foram poucas mas passaram devagar demais, fui levado a enfrentar duríssimos testes que a Fernandinha Domingues nem poderia imaginar. Saberia o Seu Sérgio escrever um lead sem um cigarro aceso ao lado? Saberia o Seu Sérgio ler na noite da sexta a coluna da Mary do domingo seguinte sem um cigarro na boca? Saberia o Seu Sérgio ver um filme sem fumar quatro ou cinco cigarros?

A única coisa que eu sabia fazer sem fumar era ver minha neta. Por respeito a ela, e aos pais dela, jamais fumei na casa deles pós-Marina.

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Fico aqui pensando: o problema não é que o cigarro mata. O problema é que ele mata com crueldade. Devagar.

O pior da vida é a morte com crueldade.

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Sérgio Vaz

A história desta semana é uma das que Sérgio Vaz (sergiovaz@50anosdefilmes.com.br) publica em seu site 50 Anos de Textos (é de 27/6/2014). Ex-Jornal da Tarde, Afinal, Agência Estado, Marie Claire e Estadão, entre outros, Sérgio também edita o site 50 Anos de Filmes.

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Texto reproduzido do site: www portaldosjornalistas com br

sábado, 28 de outubro de 2023

Memória fotográfica da Banca do Careca







 Memória fotográfica da Banca do Careca, no Parque Thófilo Dantas, 
em Aracaju. Fotos: Acervo de Carlos Max Prejuízo e reproduzidas do site:
infonet com br/blogs/claudio-nunes

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Banca do Careca... Patrimônio cultural de Aracaju

Legenda da foto: Imagem compartilhada do Facebook/Carlos Max Prejuízo e postada pelo blog 'Meio Impresso', para ilustrar o presente artigo.

Texto reproduzido do blog do Portal Infonet, de 20 de outubro de 2023 

Banca do Careca na Praça da Catedral: Patrimônio cultural de Aracaju

Por Cláudio Nunes (blog Infonet)

Ao longo dos anos, muitos espaços e imóveis de Aracaju foram destruídos em nome de uma modernidade que não preza pela manutenção do patrimônio histórico e cultural. Um bom exemplo foram os casarões da Avenida Barão de Maruim e da chamada “rua da Frente” do Rio Sergipe. Pouquíssimos sobraram.

Para quem não conhece a história, a Banca do Careca, localizada ao lado da Catedral Metropolitana, foi um ponto de encontro de pessoas que tinham um pensamento de uma sociedade justa e igualitária, principalmente durante o período da ditadura militar.

Os livros da história política de Sergipe contam as prisões, as torturas e as mortes de cidadãos que lutaram contra a ditadura militar. Entre eles, Gervásio dos Santos, o Careca. A história da banca surgiu por uma questão de sobrevivência, já que o Careca não teve opção a não ser vender jornais para colocar comida para seus familiares, quando foi preso na ditadura militar e perdeu o emprego nos Correios.

A banca tornou-se uma das mais movimentadas de Aracaju, reunindo intelectuais e defensores da democracia, e um ponto de referência em defesa da democracia nas décadas de 70 a 90. Depois continuou como ponto de encontro e debates sobre a política sergipana até 2020. Com a pandemia, os netos não tiveram como reabrir a banca que é uma representatividade de uma geração que foi brutalmente perseguida por defender a democracia e a liberdade de expressão.

A banca de revista do Careca irá reabrir no dia 1 de dezembro, exatamente quando completará 28 anos da morte de Careca. A banca será reaberta pelo neto de Careca, o psicólogo Max Prejuízo, que transformará num espaço para salvar vidas, com o clube de doador de sangue Edite Maria Santos Prejuízo, cujo objetivo é a captação de pessoas para doarem sangue. Na banca, as pessoas farão seu cadastro para se colocarem à disposição para quando necessário doar sangue. Esse cadastro será essencial, principalmente para quem possui o fator RH negativo, por conta da dificuldade de identificar doadores.

Além do Clube de Doador, a banca, tornando-se patrimônio cultural, poderá ter, mesmo no pequeno espaço, uma exposição com a história da banca do Careca, com fotos, textos e livros que confirmam a importância histórica da mesma num período no qual a democracia e a liberdade de expressão foram tolhidas no Brasil.

Este jornalista foi forjado numa família que conviveu com essa perseguição: avô, pai e tios. Por isso, na década de 80, teve o prazer de conhecer muitos destes homens que forjaram a história de luta, como Lídio da Cocada, Manoel Vicente, José Nunes, Agonalto Pacheco, Burguesia, Antônio Bittencourt e muitos outros.

Aliás, o vereador professor Bittencourt deveria ser o autor deste projeto de lei para tornar a Banca do Careca patrimônio cultural de Aracaju. Em casa, ele tem no pai um cidadão que encarna essa geração que foi perseguida e lutou pela democracia.

Transformar a Banca do Careca em Patrimônio Cultural de Aracaju é fazer Justiça com a história de uma geração de heróis, muitos deles anônimos até hoje.

Texto reproduzido do site: infonet com br/blogs/claudio-nunes

Aracaju no tempo das Bancas de Revista...

Legenda da foto: Bancas de revista, marcas de uma resistência cultural da mídia impressa

Artigo compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 23 de outubro de 2023

Aracaju no tempo das Bancas de Revista e a proposta do jornalista Cláudio Nunes

Por Antonio Passos*

As bancas de revista já foram cantadas na música popular brasileira. Em “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso, lançada em 1967 e considerada o marco inicial do Tropicalismo, elas estão lá: “O sol nas bancas de revista / Me enche de alegria e preguiça”.

No ano seguinte, 1968, o antológico LP “Tropicália ou Panis et Circences” trouxe “Geleia Geral”, uma composição de Gilberto Gil e Torquato Neto, fazendo referência a um dos principais produtos das bancas de revista: “Na geleia geral brasileira / Que o Jornal do Brasil anuncia”.

As bancas de revista estavam nas canções porque eram pontos de destaque na paisagem urbana da época. Eram janelas pelas quais as cidades olhavam para si mesmas, para o Brasil e para o mundo, não só por meio das notícias, mas do acesso à circulação de ideias, debates e burburinhos em geral.

Aracaju foi uma cidade com muitas bancas de revista. Não por acaso, aqui elas também foram cantadas. Em “Coisas de Aracaju”, de Beto Cego, lançada em 1989 no LP “Aracaju Pra Cantar”, podemos ouvir: “Nas bancas de revista / Manchetes e jornais / Coqueirais, manguezais / Belezas naturais / Coisas de Aracaju”.

Não sei quando elas chegaram em Sergipe. O meu contato com as bancas de revista aconteceu quando comecei a andar pelas “ruas de Ara”, no decorrer dos anos 1970.

A maior aglomeração estava entre o Centro e o bairro São José. Haviam também algumas mais afastadas, a exemplo das bancas da Praça da Bandeira, da Praça Dom José Thomas no Siqueira Campos, e a banca de revista da Atalaia.

Conversando com um amigo da mesma idade que eu, descobrimos que embora só tenhamos nos aproximado há pouco tempo, tivemos a experiência comum, na adolescência, de ser carrapatos de banca de revista.

Lá ficavam expostas capas de jornais, livros, revistas e publicações impressas de modo geral. As bancas eram antes de tudo um espetáculo visual. Com discrição e sem abuso, era possível arriscar uma foleada aqui e outra ali, como quem procura algo e não encontra.

Tive um amor à primeira vista com o Jornal do Brasil, diário carioca que nos anos 1980 perdeu a preferência dos mais descolados da aldeia para a Folha de S. Paulo.

Fazer alguma viagem para outras capitais era a oportunidade de visitar bancas monumentais. Lembro de impressionantes bancas de revista em Recife, São Paulo e Salvador - a primeira cidade na qual vi pessoas lendo jornais dentro dos ônibus.

Já em 2007, ano que morei no Rio de Janeiro, cumpri uma despedida honrosa: vivenciei a última temporada de compra diária do meu impresso preferido e tive uma crônica publicada na Revista Domingo do JB, no dia 22 de julho: “Duas Barroquinhas”.

Para mim foi como colocar a cereja em um bolo que comecei a fazer muitos anos antes, aqui mesmo em Aracaju, no namoro com as bancas de revista.

Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo, Diário de Notícias, Gazeta de Sergipe, Jornal da Cidade, Folha da Praia, Cinform, Jornal do Dia. As revistas Leia, Bizz, Imprensa, Interview, República, Trip, Bundas, estão entre as que mais chamaram a minha atenção.

No centro da cidade de Aracaju haviam bancas famosas: a da Praça General Valadão, a de Roberto, em frente a Ponte do Imperador. A do Careca, na praça da Catedral. No São José, a charmosa banca do Mini Golfe e outras nas praças do Atheneu, Tobias Barreto e Camerino. Aquele era um tempo no qual jornalismo e imprensa eram sinônimos.

Esses dias, o amigo Marcone Borges, com quem tive a conversa sobre bancas de revista, me enviou uma matéria assinada pelo jornalista Cláudio Nunes, propondo que a Banca do Careca seja transformada em patrimônio cultural de Aracaju. Uma boa sugestão.

Para quem não vivenciou o auge das bancas de revista e quiser experimentar a ambiência, salvo engano, a da Praça General Valadão e mais algumas entre o Centro e o São José sobrevivem. Existem também livrarias que conservam algo das antigas bancas: uma delas em um supermercado, na Av. Francisco Porto.

Mesmo que tenham perdido a centralidade na comunicação, os impressos continuam no mercado, porque parecem oferecer um tipo de interação entre leitor e texto que escapa ao vuco-vuco das redes sociais.

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* O articulista é jornalista e professor. 

Texto e imagem reproduzidos do site: www jlpolitica com br

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

'Além das Memórias', por Nilson Socorro

Imagem postada pelo blog "Meio Impresso", para ilustrar o presente artigo.

Post compartilhado do Facebook/Nilson Socorro, de 4 de outubro de 2023

Além das Memórias.
Por Nilson Socorro*

Meu amigo, Jorge Carvalho.

O seu livro sobre o colunismo social, o primeiro volume em que pretende escrever sobre o jornalismo em Sergipe, está bem distante de ser apenas “um livro de memórias”, como você registra na Introdução. Vai muito, mas, muito mais além. Particularmente, por ser partícipe de muito do exposto, afianço essa transcendência. Nascemos no mesmo 1956, começamos em jornal quase que ao mesmo tempo, você no Diário de Aracaju e eu, em 1975, na Gazeta de Sergipe, passando também por emissoras de rádio e televisão. 

Memórias do Jornalismo e da Coluna Social tem tudo para ser um marco para os que no presente pretendam se aprofundar nos bastidores do jornalismo e no futuro conhecer a história da imprensa em Sergipe. De plano, assinalo que o primeiro tomo de sua obra não é rico apenas por expor nossa história, tendo como marco o Recompilador Sergipano, de 1832. É exuberante, também, na viagem que faz ao sublinhar os principais jornais que por aqui circularam nos séculos XIX e XX, com destaque para a segunda metade do século passado e, também, no registro do surgimento e da evolução das emissoras de rádio e televisão e resgatar a memória da quase totalidade dos que militaram e militam no colunismo social. 

Mas, se fosse só isso, já muito bem estaria enfeixado no Título e na pretensão assinalada na reportada Introdução. É muito mais amplo e essa amplitude está refletida nos importantes questionamentos expostos. São temas que angustiaram e continuam a inquietar aos que fizeram e fazem do jornalismo seu exercício profissional. Alguns dos temas levantados povoaram e continuam a povoar as redações e os ambientes acadêmicos.

Você foi muito feliz na forma didática de organização dos temas nos títulos e subtítulos dos capítulos. Na ficha de leitura, fiz mais de duas dezenas de anotações. Destaco questões como ética profissional, preconceito em relação ao colunismo e aos colunistas sociais, conteúdo das colunas sociais que entendo que sobrevivem porque satisfazem a curiosidade dos que a leem e a vaidade dos que são lidos, o jornalismo e a internet e a ameaça da morte das colunas sociais e da própria imprensa escrita, a necessidade de reinvenção diante do “tsunami” da editoração eletrônica e da internet, a coluna social e o jornalismo como negócio, a transparência, a credibilidade e a imparcialidade.

São temas ensejadores de amplos e profundos debates para se entender e compreender o que acontece nos bastidores, sem se descuidar da visão dialética para contribuir na compreensão, evolução e melhoria do exercício profissional e da própria imprensa. Desses temas, dois, no nosso entendimento, sobressaem pelo momento que vivemos de saltos tecnológicos e de exacerbação política.

Em relação ao desafio tecnológico, você mesmo questiona: será que estamos assistindo a morte dos jornais e do colunismo social, em face da transição da mídia impressa para os meios eletrônicos? Acredito que estamos assistindo o depauperamento da forma, mas, não do conteúdo. Você mesmo assinala que “os jornais que não conseguiram se adaptar à nova realidade viram declinar sua tiragem e fatalmente fecharam as portas”.

É evidente, sobreviveram aqueles que conseguiram entender o momento, se adequaram e evoluíram, convivendo com o hibridismo do impresso e do eletrônico. Inevitavelmente, a mídia impressa tende a definhar, mas, não desaparecer, ao menos por enquanto, como a televisão aberta em relação aos canais pagos e aos serviços de streaming.  Nessa metamorfose permanente, o prejuízo maior será para a história, pois, a mídia impressa ainda figura entre as mais importantes fontes de registro dos acontecimentos sociais. Sem ela, a propósito, você não teria como nos brindar com publicação tão rica em conteúdo, como esse primeiro volume.

No amanhã, pesquisadores que te sucederem, certamente, não vão ter na imprensa escrita a preservação dos acontecimentos futuros. Comparo esse quadro ao que acontece com as fotografias. Hoje fotografamos tudo eletronicamente, mas, guardamos quase nada fisicamente. No passado, era tradição ir aos estúdios fotográficos para as fotos que depois de copiadas em papel, eram distribuídas para formar o acervo dos álbuns que preservaram a memória das famílias. 

Sou do tempo que se começava namoro com oferta de foto a pessoa amada. Normalmente, a tradicional 3x4 que sobrava após a matrícula escolar. No verso, a romântica e singela mensagem: “ofereço essa foto a minha querida amada...”. Hoje, os ficantes já não mais oferecem fotos em papel. Não por falta delas, milhares estão nas memórias dos potentes smartphones e iphones. Só não estão preservadas em papel. Assim como a mídia impressa, as fotos em papel tendem a fazer parte do passado. 

Outro tema relevante é a questão da imparcialidade do jornalista e dos jornais. Nesse ponto seu livro se esmera e o momento fulgurante é o reporte ao colega, também egresso da velha Gazeta de Sergipe, uma década antes de nós, o jornalista Ancelmo Oliveira. O confrade, (que palavra antiga!) frei-paulistano, hoje militante em O Globo, advoga que o jornalista pode ter lado, não pode é ser desonesto, mentir sobre os fatos para favorecer sua preferência. 

Em reforço a tese defendia pelo Anselmo, você oportunamente acentua a tendência “de que cada vez mais o jornalismo tem se entusiasmado com o adjetivo e cada vez menos com o substantivo”. Nesse sentido, arremata que o problema não é o jornal assumir posição, mas, adverte que “são inadmissíveis, a desonestidade e falta de ética na disseminação de informações”.

Fui, como já declinei, iniciado em jornalismo na “Faculdade Gazeta de Sergipe”, que tinha como “reitor” um dos maiores jornalistas sergipanos, o Orlando Dantas. A Gazeta era um jornal que privilegiava simultaneamente o substantivo e o adjetivo, e era através do adjetivo dos seus editoriais que Seu Orlando, mesmo sem nunca ter sido governador, de fato governava Sergipe. 

E foi com ele que aprendi uma lição que marcou minha trajetória profissional. Ensinava que “a notícia não tem lado, a opinião sim, e a opinião da Gazeta está nos editoriais que escrevo e não nas notícias dos repórteres”. Expressava isso para reforçar que o seu jornal não censurava os fatos. Tudo podia ser noticiado, independente do lado. O repórter como o narrador dos acontecimentos tinha a liberdade e muito mais, o dever de cobrir com honestidade e imparcialidade o noticiário de todas as tendências. 

Nesses tempos de jornalismo muito mais opinativo do que informativo, continuo a ter uma visão conservadora. Quando o jornalista publicamente assume lado e no exercício profissional privilegia a opinião em detrimento da informação, passa ser menos jornalista e mais militante. O jornalista deve mirar o leitor, o militante o eleitor. Inegável que todos nós temos preferências, temos lado. Como desportista, torço pelo Confiança e pelo Flamengo. Mas, não devo é permanecer na arquibancada quando já estou na redação. Afinal, entendo que Imparcialidade e Credibilidade ainda são cláusulas pétreas do bom jornalismo.

Parabéns, super recomendo o seu livro. Lamento apenas que você não teve oportunidade de entrevistar o inesquecível João de Barros, ele teria muito para contar. Certamente, está no Céu, “fofocando” com o João Barreto Neto, o Roberto Lessa, a Cristina Souza, a Siomara Madureira e tantos outros colunistas sociais com os quais convivemos e precocemente nos deixaram.

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 *Nilson Socorro é jornalista, professor e advogado.

Texto reproduzido do Facebook/Nilson Socorro.

domingo, 27 de agosto de 2023

Thaís Bezerra, 45 anos de sucesso no colunismo social

Legenda da foto: Jornalista Thaís Bezerra, há quase meio século escrevendo sobre pessoas de bem e do bem

 Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 27 de agosto de 2023

Thaís Bezerra, 45 anos de sucesso no colunismo social
Por Adiberto de Souza *

A jornalista Thaís Bezerra está completando, segunda-feira agora (28), 45 anos como a mais destacada colunista social de Sergipe. “Passei as últimas quatro décadas me dedicando a escrever sobre pessoas e fatos que alteraram de alguma maneira a vida da sociedade sergipana”, afirma a competente colunista, responsável pela edição do disputado caderno que leva o seu nome e é publicado todos os domingos pelo Jornal das Cidade. Thaís, começou no jornalismo no dia 28 de agosto de 1978, assinando a coluna “Gente Jovem”, na Gazeta de Sergipe, já extinta.

Na edição deste final de semana, o Caderno de Taís traz na capa um texto assinado pela amiga dela e jornalista Mel Almeida. Veja abaixo:

Thaís Bezerra celebra feliz e com gratidão 45 anos de jornalismo

“Aqui e agora – com garra, fé e coragem”

“É chegado o momento de celebrar este memorável marco profissional. Soberanamente, Thaís Bezerra passou os últimos 45 anos – mais de duas mil semanas, ininterruptamente – com o único propósito: escrever e expressar, através de textos precisos e apimentados, sua aguçada visão do mundo social, empresarial, político e emocional de sua aldeia.

A capa do Caderno de TB deste final de semana no JC 

A escolha de ser colunista social veio como profecia: o verbo transmutou a essência e em sua materialidade se fez vivo. Em sua caminhada, que começou em 28 de agosto de 198, a jovem menina, determinada a acertar, iniciou uma carreira vitoriosa. Apaixonada pelo ofício que escolheu, percorreu feliz e confiante o delicado e longo caminho da maturação profissional.

TB revolucionou e reinventou a maneira de fazer colunismo. Com o domínio de uma escrita peculiar, em notas curtas sintetizou alegrias, tristezas, encontros, desencontros e toda espécie de registro de histórias que mereceram ser contadas – preservando fontes e deixando sua marca editorial nas centenas de milhares de notas publicadas.

Todas as honras, aplausos e muitos vivas para esta bela mulher que conquistou um nobre espaço e o dividiu, generosamente, ao divulgar e chancelar o trabalho de milhares de personagens da história recente de Sergipe.

Saúde e vida longa – com garra, fé e coragem!”

Thaís fala de Thaís

E ninguém melhor do que a própria Thaís Bezerra para falar sobre estes 43 anos de sucesso na imprensa sergipana:

“Na trajetória de minha nobre missão de jornalista – colunista social -, procuro sempre fazer o meu melhor e tenho consciência da responsabilidade da palavra escrita.

TB: “Acompanho com alegria e vibração a chegada das novas gerações”

Acompanho com alegria e vibração a chegada das novas gerações. Mas mantenho-me fiel ao registro de todos que fazem notícia.

Nestas mais de quatro décadas, tenho feito o que mais amo e, por isso, nutro uma imensa gratidão pelas escolhas acertadas, pela dedicação empreendida, pela aguerrida vontade de vencer os desafios, pela perseverança em nunca desistir e agradeço todos os dias a fé que me alimenta, minha verdadeira fonte de vida.

Eu tive a honra de conhecer muita gente do bem, aprendi a me relacionar com a sociedade e a respeitar profissionais talentosos e empreendedores destemidos. Nas páginas do meu caderno, eternizei nomes, datas, eventos e o passar da história, que ficará registrada nas páginas da coluna TB, no Jornal da Cidade.

Gratidão eterna ao meu mentor profissional, o saudoso Antônio Carlos Franco, homem notável, empreendedor visionário, político que honrou sua palavra. Um grande amigo que estará presente, para sempre, em minhas melhores lembranças.

ACF me ensinou a ser jornalista e a comercializar os espaços publicitários do Caderno TB. Com ele aprendi a valorizar meu trabalho, a respeitar minha profissão e fidelizar os inúmeros parceiros comerciais, a quem sou grata.

E nesta data emblemática, celebrando feliz os 45 anos de jornalismo/ colunismo social… confesso que faria tudo de novo, e de novo…”, concluiu.

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 Adiberto de Souza é editor do site Destaquenotícias

Texto e imagens reproduzidos do site: destaquenoticias com br

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Uma carta sobre o novo livro de Jorge Carvalho

Post compartilhado do Perfil do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão, de 14 de julho de 2023

Uma carta sobre o novo livro de Jorge Carvalho

Caro Jorge

Ontem, após o lançamento do seu livro, e aproveitando uma noite com insônia, li quase todo.  Uma delícia, parabéns.

O livro ajudou-me a esconjurar preconceitos.  Um desses era com as colunas sociais.  Acreditei sempre naquela hierarquia que você tão bem cita existir nas redações.  Hierarquia de importância, diga-se bem.  Em primeiro plano vinham os jornalistas de política, e logo depois os de economia.  Formavam a casta superior das redações.  Depois vinham os que trabalhavam nas editorias gerais.  Lá no fim, vinham os colunistas sociais, os de esporte e finalmente os da editoria de polícia.  Puro preconceito.  Por exemplo, um dos melhores textos que existiram na imprensa brasileira foi de Armando Nogueira, que escrevia sobre esporte.

Eu confesso que torcia o nariz para as colunas sociais.  Seu livro me fez lembrar, porém, que quando leitor assíduo do Jornal do Brasil a primeira coisa que buscava ler era a Coluna do Zózimo.  Zózimo Barroso do Amaral era impagável.  Uma vez foi preso.  Preso político.  Ao chegar a cela um dos detentos exclamou: “É o Zózimo.  Pessoal, tá tudo doido.  Estão prendendo eles mesmo”.  Puro despeito, pois Zózimo jamais apoiou a ditadura.  Hoje, leitor da Folha de S. Paulo na internet, uma das minhas primeiras leituras é a coluna da Mônica Bergamo.

Já no Globo ridicularizava quem gostava do Ibrahim Sued.  Mas um cara que tinha como repórteres Elio Gaspari e Ricardo Boechat não podia ser ruim.  Boechat destacou-se como colunista, substituindo o próprio Ibrahin, e depois na TV como apresentador e comentarista de primeira, e Gaspari não só como colunista, mas também como escritor/historiador com seus cinco volumes sobre a Ditadura Militar (que até hoje enriquecem minha estante, e são objeto de consultas constantes) que faz parte do primeiro time do jornalismo brasileiro.  Hoje reconheço que deveria ter dado mais atenção a essas páginas.

Senti falta em seu excelente livro de um colunista que eu colocava também em destaque.  É o Giba Um, pseudônimo de Gilberto de Pierro.  Talvez por escrever de S  Paulo sua repercussão entre nós fosse menor.  Giba assinava uma coluna na Folha da Tarde (da Folha de S. Paulo), que era uma delícia.  Chegavam poucos exemplares da FT em Aracaju, e o dono da banca de jornais fazia o favor de reservar um deles para mim.

Sobre os colunistas sergipanos que você enumera, ainda estou lendo.  Ainda vou ruminar a respeito.  Conheci ou conheço quase todos.  Trabalhei com grande parte deles.  Vou tentar comentar depois, até porque não quero ser injusto com nenhum.

Quero falar, porém, de um que você dedicou modestas cinco linhas, e identificou apenas como Paulo Roberto, que escreveu a coluna Pessoas e Fatos na Gazeta de Sergipe em meados dos anos 1960.  Quem é o misterioso Paulo Roberto, meu xará?  Orlando Dantas, o diretor e dono da Gazeta queria criar a coluna Pessoas e Fatos.  Mas não queria assinar seu nome.  Assim criou o pseudônimo de Paulo Roberto, em homenagem ao seu neto querido de meros sete para oito anos.  Esse neto, hoje chegando à velhice, tem orgulho de ter dado o seu nome ao único pseudônimo que Orlando Dantas utilizou em sua vida.  Mas não foi Orlando Dantas o único redator da coluna.  Escreveu as primeiras, e depois passou para Ivan Valença e Luis Antônio Barreto, entre outros.  Frequentemente Seu Orlando redigia algumas notinhas, mas não existia um colunista fixo.

A coluna de Paulo Roberto registrou dois fatos interessantes que lembro terem me contado.  O primeiro foi com o Padre Luciano Duarte (ainda não tinha sido sagrado bispo).  Uma notinha qualquer deixou o Padre furibundo.  Foi à redação da Gazeta e queria porque queria falar com Paulo Roberto, e só sairia dali depois de ter uma conversa com o ousado jornalista.  Tiveram que chamar Orlando Dantas para falar com o Padre.  Os dois não se bicavam, mas resolveram a pendenga deixando Paulo Roberto em paz.

O outro foi mais grave.  Uma outra notinha indignou o Comandante do 28º BC, que intimou Paulo Roberto a comparecer ao quartel.  Mais uma vez Orlando Dantas foi em seu lugar.  O Coronel não queria falar com ele, queria tomar providências contra Paulo Roberto.  Após muita conversa, Orlando Dantas convenceu o militar que a coluna era coletiva.  Que o único Paulo Roberto que existia era seu neto de oito anos.  Se quisesse, ele traria ao quartel para o Comandante ver.  No final, o prestígio de Orlando Dantas falou mais alto, e ficou o dito pelo e não dito.  E Paulo Roberto poderia ser, quem sabe, o preso político mais jovem que se tem notícia.  Ainda bem que não foi.

Um abraço, Paulo Roberto Dantas Brandão

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Registro de Notícia > O adeus a Tão Gomes Pinto

REGISTRO DE NOTÍCIA do dia 01.05.2022

Publicação compartilhada do PORTAL DOS JORNALISTAS, de 1 de maio de 2022

O adeus a Tão Gomes Pinto

Por Redação 

Morreu em Indaiatuba, interior de São Paulo, na última sexta-feira, aos 83 anos, Tão Gomes Pinto, que dirigiu ou editou revistas nacionais de grande circulação. Ele sofreu uma queda na casa em que vivia com Débora, sua segunda esposa há 35 anos, teve traumatismo craniano, ficou internado por cinco dias no hospital, mas não resistiu. O corpo foi enterrado no Cemitério Parque dos Indaiás, naquela cidade. Além da viúva, deixa quatro filhos, entre eles o também jornalista Guilherme Gomes.

Será realizada neste sábado (7/5), a partir das 18h, uma missa de despedida a Tão, na Paróquia Santa Rosa de Lima (rua Apiacás, 250, em Perdizes), em São Paulo.

Tão participou da equipe que lançou o Jornal da Tarde e as revistas Veja e IstoÉ, onde teve duas passagens, a primeira como editor de Política e a segunda como diretor de Redação. Nessa função bateu um recorde da época (648 mil exemplares, entre venda em banca e assinaturas), que dificilmente será superado depois do advento do webjornalismo. Em 1984/85 foi assessor de imprensa do governador paulista Franco Montoro na campanha das Diretas Já. Em Brasília, assessorou o então ministro Roberto Gusmão, da Industria e Comércio, nos primeiros meses do governo José Sarney. Foi ainda assessor de imprensa do prefeito Jacó Bittar, em Campinas.

Por 45 edições, entre setembro 2018 e julho 2019, escreveu para Jornalistas&Cia a coluna semanal A revista revisitada, sobre o destino nada cor de rosa das chamadas “semanais de informação”

O filho Guilherme enviou a este portal um resumo da carreira do pai:

“Com longa trajetória no jornalismo, grande parte em redações, Tão Gomes Pinto − nascido Sebastião Rubens Gomes Pinto, em 27 de fevereiro de 1939 − foi um dos jornalistas de destaque de sua geração.

Filho da pintora Wega Nery (1912-2007), Tão formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco (USP), numa época em que não havia curso específico de Jornalismo. Iniciou a carreira em 1963, nas páginas esportivas da sucursal paulista da Última Hora, jornal de Samuel Wainer. No mesmo ano transferiu-se para a equipe inicial do Notícias Populares, de Herbert Levy. Em 1966, sob a liderança de Mino Carta, foi contratado para fazer parte da Edição de Esportes, projeto inovador do Grupo Estado que viria a se transformar no Jornal da Tarde, do qual acabou sendo um dos fundadores. Nesse mesmo ano ganhou um Prêmio Esso de Trabalho Esportivo com a reportagem Interior, futebol por dentro, em parceria com Hamilton Almeida Filho.

Ainda ao lado de Mino Carta, foi um dos membros da equipe que fundou a revista Veja, da Editora Abril, em 1968. Posteriormente, fez parte do grupo que, ao lado de Domingo Alzugaray, Mino Carta, Fernando Sandoval e Armando Salem, fundou a revista IstoÉ. Em agosto de 1979, também participou da criação do Jornal da República, dos mesmos donos de IstoÉ, que circulou pelo curto período de cinco meses. Em IstoÉ, Tão chegou ao posto de diretor de Redação em sua segunda passagem, em 1993. Depois disso, em 1996, assumiu o cargo de diretor editorial da então revista Manchete, representando o veículo no júri do Troféu Imprensa de melhores da TV. Foi também diretor de Redação da revista Imprensa nos anos 2000. Em 2014, assumiu o cargo de ouvidor adjunto da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Nos períodos em que não esteve em alguma redação, atuou ligado à comunicação. Foi assessor de imprensa do ex-governador Franco Montoro, no período da eleição de Tancredo Neves à Presidência da República. Também atuou como assessor do ex-ministro Roberto Gusmão, da Indústria e Comércio, e do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar.

Foi também colunista de diversas publicações como Folha de S.Paulo, Portal 247 e revista Imprensa, entre outras.

Como escritor, Tão é autor dos livros O elefante é um animal político, a biografia Ele, do ex-governador Paulo Maluf, e Itaipu, sobre a história da construção da usina hidrelétrica binacional.”

Texto e imagem reproduzidos do site: portaldosjornalistas com br

quarta-feira, 5 de julho de 2023

O ladrão de jornais, ou os bastidores da birra entre dois titãs...

Legenda da foto: Amaral Cavalcante: um Ulisses em malandragem e sabedoria

Aritigo compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 3 de julho de 2023

O ladrão de jornais, ou os bastidores da birra entre dois titãs da contracultura sergipana

Por Antônio Passos

Já disse antes, esta não é a primeira vez, que quatro figuras vindas do espaço sideral acamparam no meu imaginário juvenil como pilares da cultura ou da contracultura sergipana: Lu Spinelli, Amaral Cavalcante, Ilma Fontes e Joubert Moraes.

Primeiro, os avistei de longe, ouvi o barulho e vi a poeira levantada pela passagem dos quatro no mundo das artes e da agitação cultural. O tempo todo também não paravam de chegar sussurros sobre novas fronteiras abertas pelas atitudes do quarteto.

Tive, com o passar do tempo, a oportunidade de convivência ou aproximação, de modos diferentes, com todos eles. Mas, nem tudo são flores. Logo de cara me vi numa saia justa, no meio de um barraco armado entre dois desses titãs.

Corriam os descolados anos 1980 quando, após ler um texto que rabisquei para o Jornal Pipiri, Ilma Fontes me levou até o covil onde funcionava a redação da Folha da Praia e me entregou de mão beijada a Amaral Cavalcante.

Dias depois tive a carteira de trabalho assinada pelo periódico pirata. Entretanto, não demorou muito e bateu à minha porta a cobrança por aquele tão generoso ato que me abduziu como um relâmpago, da posição de fã para a de colunista do jornal da onda.

Da primeira geração da Folha, os que continuavam vivos em carne e osso viviam às turras. Todos queriam algo como uma participação acionária no bangalô jornalístico, com direito a dividendos, e acusavam Amaral de tê-los rebaixado de sócios fundadores a meros freelancers.

Ilma Fontes salivava acreditando que uma bufunfa entraria no bolso dela, além da honra lavada, se conseguisse provar na barra dos tribunais uma remota e decisiva participação nos primórdios do então semanário alternativo. Porém, precisava de provas!

Foi aí que eu “entrei de gaiato no navio”. Com a autoridade de minha madrinha no jornalismo, ela me encarregou de furtar, do amontoado de papéis que era o arquivo do jornal, guardado sob a sombra do bigode do gigante Amaral, pelo menos um exemplar de cada uma das edições, desde a primeira até a mais recente.

Inspirado na rainha persa Sherazade, intuí que havia uma estreita e perigosa possibilidade de engabelar os dois monstros sagrados até que aquilo tudo caísse no esquecimento, atropelado pelos solavancos da vida. Era preciso arriscar a difícil caminhada por cima do muro, pois, eu não queria atrair a ira de nenhum dos lados.

Ai, ai, meu Deus! Como diz a canção, “foi um tempo de aflição”. Em dias aleatórios, para reforçar o disfarce, eu inventava desculpas para ficar na redação sozinho, após o horário de expediente. Já à noite, saía desconfiado pela rua de São Cristóvão com bolos de jornais velhos embaixo do braço.

Em cada pacote traficado para Ilma, propositalmente eu deixava faltando algumas edições, alegando não tê-las encontrado, na esperança de ir ao mesmo tempo alimentando e cansando a cólera da reclamante sem que ela completasse a cobiçada coleção.

Acho que Amaral, esse que foi para nós um Ulisses em malandragem e sabedoria, desconfiava de alguma movimentação estranha pelos corredores do edifício da SCAS. Contudo, foi safo o suficiente para abafar o caso.

Felizmente, para o meu sossego, outras paixões e alegrias vieram e Ilma já não me cobrava mais os calhamaços de papel amarelado. Assim, sem nenhum dano maior, além do sufoco vivenciado, dei por encerrada a minha carreira de ladrão de jornais.

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* Antonio Passos - É jornalista e professor. 

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br/articulista

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Alese entrega Medalha do Mérito a Radialistas e Jornalistas


Legenda da foto: Plenário repleto de comunicadores de todo o Estado de Sergipe, além de deputados e familiares dos jornalistas e radialistas homenageados - (Crédito da foto: Joel Luiz - Agência Alese)

Publicação compartilhada do site da ALESE, de 20 de junho de 2023

Alese entrega ‘Medalha do Mérito João de Menezes Barros Filho’ a Radialistas e Jornalistas

Da Redação| Agência de Notícias Alese

Medalha foi criada em 2017 para homenagear quem contribui para o desenvolvimento da comunicação

A Medalha do Mérito Radialista e Jornalista João de Menezes Barros Filho (Barrinhos) foi criada em 2017 pela Resolução nº 1 da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, mas a primeira honraria somente foi entregue no ano de 2019. Entre os profissionais agraciados na ocasião constavam nomes como os dos jornalistas Gilvan Fontes, Cristian Góes, Jazailto Lima e Ricardo Marques.

Conforme Resolução, a medalha é destinada a personalidades com “destacada contribuição ao jornalismo, à radiofusão e ao desporto” em Sergipe. Podem ser jornalistas, radialistas, cronistas esportivos e publicitários com atuação na imprensa escrita, falada, televisiva, internet ou outras atividades que contribuam para o desenvolvimento dessas áreas.

De acordo com a Propositura, deve ser destinada a medalha a uma personalidade de cada área. Cabe à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Casa aprovar a concessão da medalha e deliberar sobre quais devem ser os homenageados, mediante indicação de qualquer deputado estadual. A decisão da Comissão deve ser homologada pelo presidente da Alese.

O Jornalista Barrinhos

Barrinhos nasceu em 13 de janeiro de 1949, em Aracaju. Atuou no rádio, na televisão e em jornal. Foi um dos mais prestigiados colunistas sociais do Estado. Criou a Associação Cultural e Artística de Sergipe, o Concurso de Poesia Falada do Norte e Nordeste e o Baile dos Artistas, que por 15 anos abriu o carnaval de Aracaju. Fundou a Ação Solidária Santo Antônio, que presta assistência social a pessoas pobres. Destacou-se também como ativista social, denunciando a violência e defendendo a igualdade de gênero. Morreu em 5 de janeiro de 2001, em Aracaju, a nove dias de completar 52 anos.

Homenageados

Neste ano, os profissionais da comunicação que receberam a Medalha do Mérito “Radialista e Jornalista João de Meneses Barros Filho (Barrinhos), foram os seguintes:  Theotônio Narciso da Cruz Neto, Aloisio Santos Andrade, Carlos José Magalhães de Melo, Cosmo Batista dos Santos, Ederaldo Ferreira Bomfim Filho, Gilson Ramos, Jairo Alves de Almeida, Jailton Santana, Mylena Rocha de Sá, Luiz Carlos Ferreira, Magna Santana, Narcizo Henrique Santos Machado, Rita Oliveira e Severino Ramos Simplício de Alcântara.

Texto e imagens reeproduzidos do site: al se leg br