domingo, 24 de maio de 2015

Jornal "A Semana" do município de Simão Dias/SE.

 Capa d'A Semana de 8 de setembro de 1946.

 1ª Página d'A Semana - edição de 18 de julho de 1953.

1ª Página d'A Semana - edição especial de 07.09.68.

A Semana foi um jornal brasileiro editado na cidade de Simão Dias, Sergipe,
no período de 1946 a 1969.

Histórico.

Foi fundado pelo jornalista José de Carvalho Déda. O primeiro número foi publicado em 08 de setembro de 1946. Nesta primeira fase, “A Semana” circulou aos domingos, até 29 de julho de 1947, quando sua edição foi interrompida por força do encerramento do contrato de impressão. Voltou a ser editado em 18 de julho de 1953, já dispondo de oficina própria, na Rua Dr. Joviniano de Carvalho, nº 37, em Simão Dias, ainda sob a direção de José de Carvalho Déda, conhecido na cidade como Seu Zeca Déda. Passou a circular aos sábados. O jornal seguiu em frente, com o feitio literário, noticioso e combativo. Seu diretor, Carvalho Déda, usava vários pseudônimos para evitar a repetição de seu nome em uma mesma edição. Assinava Leonardo de Vinci, na seção “Retratos Femininos”; Carlos Eugênio, na “Seara Sergipana”; Marco Aurélio em reportagens; Pakéso, em artigos políticos; João Sem Terra, na “Coluna dos Lavradores”; Lynce, nos “Aspectos da Cidade”; Cazuza e Caduda em alguns artigos. Nunca assinou ou usou pseudônimo em suas xilogravuras nem na coluna “Política em Pequenas Doses” que escreveu, ininterruptamente, até a véspera de sua morte.

Xilogravuras.

 “A Semana” foi o primeiro jornal de Sergipe a apresentar uma seção de charges. Para ilustrar o jornal, a partir de 1959, Carvalho Déda passou a fazer xilogravuras -reprodução de texto e imagem entalhadas em prancha de madeira em alto relevo - com perfis de personalidades da época. Fez mais de quatrocentas xilogravuras que satirizavam fatos de repercussão local, estadual e municipal em uma seção sob o título “A Piada da Semana”. Poucos dias antes de falecer, resolveu assinar o pseudônimo Zélis em duas xilogravuras, publicadas na edição nº 811, de 21.08.68. São antológicas suas charges sobre a alta de preços; a falta de iluminação na cidade; a grande votação de protesto dada ao bode cheiroso, em uma cidade Pernambuco, e ao rinoceronte cacareco, em São Paulo; a disputa eleitoral Jânio X Lott; e Seixas Dorea X Leandro Maciel; o caso diplomático da pesca da lagosta entre Brasil X França; e a força dos militares no poder.

Principais colaboradores: seu irmão, jornalista Francino Silveira Déda (Seu Sininho), que escrevia, ininterruptamente, uma crônica semanal sobre assuntos variados; e seu filho, Carlos Alberto de Oliveira Déda (Beto Déda), com quem partilhou a direção do jornal. Também colaboraram com artigos: Antônio Conde Dias, Artur Oscar de Oliveira Déda, Clarita Santana, Cláudio Dinart Déda Chagas, Edson Carvalho Oliveira, Edson Freire Caetano, Ferreira Filho, João Lima Filho, José Osvaldo Machado e Silva, Luiz Santa Bárbara, Max Neto, José Aloísio Freire e Renato Nunes.

Bibliografia.

DÉDA, Carvalho. Simão Dias, Fragmentos de sua História; 2 ed. Gráfica e Editora J. Andrade. Aracaju.2008.pag.

BARRETO, Luis Antonio. Carvalho Déda no batente do jornal.

DÉDA, Carlos Alberto. Atividade jornalística de Carvalho Déda, in Carvalho Déda -Vida & Obra -Coletânea..Grafica e Editora J. andrade. Aracaju.2008. pp. 23 a 24. Acervo: Carlos Alberto Déda.

Texto e imagens reproduzidos do site: pt.wikipedia.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário