sábado, 17 de fevereiro de 2018

Faleceu o jornalista Clarêncio Martins Fontes

Foto reproduzida do Facebook/Carlos Magno 
e editada pelo blog "Meio Impresso".

Texto publicado originalmente no Facebook/Antônio Francisco de Jesus.

Faleceu o jornalista Clarêncio Martins Fontes. 

Foi sepultado na última quarta-feira, dia 14 de fevereiro, no final da tarde, no cemitério São João Batista, o jornalista Clarêncio Martins Fontes, 79 anos de idade. Ele foi um dos grandes sergipanos, exercendo a atividade jornalística desde praticamente a adolescência e possui livros publicados. Nos últimos anos, vivia fragilizado pela pobreza extrema e doenças descuidadas. Morava em uma casa alugada, deteriorada, atulhada de livros, na companhia da esposa, que sofre de sérios problemas mentais. Morreu praticamente só. Quando um vizinho atendeu ao pedido de socorro da esposa confusa, ele jazia sem vida no seu catre.

No sepultamento, estiveram apenas alguns familiares (duas irmãs e quatro sobrinhos) e outro tanto de intelectuais, representando a Associação Sergipana de Letras, na qual Clarêncio atuou sua vida inteira, inclusive em posição de comando, e a Academia Sergipana de Letras, que lhe tem grande respeito e admiração.

O Escritor Antônio Saracura, que esteve no sepultamento, informou à nossa reportagem:

“Fui visitá-lo no começo da noite da terça-feira de carnaval, saber como estava, pois não respondia aos telefonemas. Um vizinho me recebeu e informou que Clarêncio falecera à tarde, e fora levado ao IML, por não haver outro lugar onde guardá-lo até o sepultamento. Uma pessoa da família fora localizada pela equipe da polícia presente à casa e levou embora a esposa do jornalista, que não entendia o que estava acontecendo, aturdida, desorientada. Clarêncio era aposentado (um salário mínimo) e vivia da ajuda de amigos solidários. Deixou dois filhos que moram no Rio de Janeiro e não foram localizados até a hora do sepultamento. As duas irmãs, que moram na cidade, em bairro afastado, também são carentes e dizem que não têm condições de acolher a esposa do jornalista”.

Clarêncio descente da fina aristocracia Sergipana do começo do século passado, os Martins Fontes, com ramificação no Brasil e no exterior.

Texto reproduzido do Facebook/Antônio Francisco de Jesus

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