quinta-feira, 16 de agosto de 2012

"Gazeta de Sergipe"


Na época da "Gazeta de Sergipe", em sua segunda página, os artigos de Ariosvaldo Figueiredo e Zózimo Lima, eram as minhas primeiras leituras do dia e com certeza  elas fizeram - um pouco - da minha cabeça. Até hoje, "dou cavaco" de não ter me apresentado ao Zózimo, pois passei várias vezes pelo mesmo, eu indo para o trabalho, no Cartório Quinto Ofício e ele para Ponte do Imperador, onde gostava de ficar lendo. É que na época, eu usava cabelos longos, moda dos jovens e tinha receio que ele estranhasse, pois em suas crônicas, costumava falar dos cabeludos... Em uma conversa pelo Facebook com o amigo Gildo, ele disse algo interessante, “a Gazeta era feita à mão”, é verdade Gildo, naquela época os textos eram montados na clicheria à mão, tipo por tipo, ou seja, letra por letra e assim ia formando as palavras e nascendo o texto, como também com ajuda da linotipo, máquina que formava frases com chumbo derretido e que facilitava bastante a confecção do jornal. Lembro que uma vez, voltando de uma das farras, pela madrugada, passei na Gazeta e levei algumas páginas do dia, ainda com tinta fresca. Para que tenham ideia, de quanto eu gostava da“Gazeta de Sergipe”, é que quando ela deixou de circular, meu sentimento de muitos dias, foi que estivesse perdido um parente.

Armando Maynard 

Nenhum comentário:

Postar um comentário