quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

História do Jornal


História do Jornal.

O primeiro jornal que se tem notícia surgiu em Roma em 59 A.C e se chamava Acta Diurna. Ele nasceu do desejo de Júlio César de informar o público sobre os acontecimentos sociais e políticos e divulgar eventos programados para cidades próximas. O jornal era escrito em grandes placas brancas e expostas em locais públicos onde transitavam muitas pessoas. As Acta informavam os cidadãos sobre escândalos no governo, campanhas militares, julgamentos e execuções.

Em 1447, a prensa, inventada por Johann Gutemberg inaugurou a era do jornal moderno e permitiu o livre intercâmbio de ideias e cultura, disseminando o conhecimento. Durante essa época, a classe média em ascensão, que correspondiam aos comerciantes, era abastecida de informações sobre o mercado por boletins informativos, que muitas vezes tinham um teor sensacionalista.

Foi só na primeira metade do século XVII que os jornais começaram a surgir como publicações periódicas. Os primeiros jornais modernos nasceram em países da Europa Ocidental como Alemanha, França, Bélgica e Inglaterra. A maior de parte de suas publicações traziam notícias da Europa e raramente incluíam informações da América ou Ásia. Os jornais ingleses costumavam relatar derrotas sofridas pela França e os franceses relatarem os escândalos da família real inglesa.

Os assuntos locais começaram a ser priorizados na segunda metade do século XVII, mas ainda eram controladas para que os jornais não abordassem nada que incitasse o povo a uma atitude de oposição ao governo dominante. Ainda assim, alguns jornais conseguiram alguns feitos como as manchetes de jornais que noticiaram a decapitação de Charles I ao fim da Guerra Civil Inglesa, apesar de Oliver Cromwell ter tentado apreender os jornais na véspera da execução. A primeira lei para proteger a liberdade de imprensa surgiu em 1766 na Suécia.

A invenção do telégrafo, sistema concebido para transmitir mensagens de um ponto para outro em grandes distâncias, em 1844, transformou a imprensa escrita, pois permitiu que as informações fossem passadas rapidamente, possibilitando relatos mais novos e relevantes. A partir daí, os jornais emergiram no mundo inteiro.

No início do século XIX, os jornais se tornaram, definitivamente, o principal veículo de divulgação e recebimento de informações. O período entre 1890 a 1920 ficou conhecido como “anos dourados” da mídia com a construção de verdadeiros impérios editoriais. Além de informarem, os jornais também ajudaram na divulgação de propaganda revolucionária como o texto “O Iskra” ( A Centelha ) publicado por Lênin em 1900.

No anos 20, a invenção do rádio causou alvoroço nos jornais. Os editores, como resposta, renovaram os formatos e conteúdos de seus jornais para torná-los mais atraentes, com maior volume de textos e cobertura mais amplas e profundas.

Depois, foi a televisão, que parecia acabar com a soberania do jornal. Entre 1940 e 1990, a circulação de jornais diminuiu. Apesar da queda, a televisão não tornou o jornal obsoleto. A atual revolução tecnológica também gera novos desafios para mídia impressa, pela rápida difusão e instantaneidade da informação onde uma pessoa conectada pode produzir e consumir informações das mais diversas fontes.

Apesar da evolução dos meios digitais, o jornal impresso ainda é um veículo popular e poderoso no relato de notícias e fatos da realidade. Grandes jornais continuam crescendo mesmo com a portabilidade, a maioria deles têm, inclusive, versões online, que atraem o novo leitor pela credibilidade que alcançou com a versão impressa. Além disso, há ainda muitas pessoas que não abrem mão de ter o contato físico com jornal e se recusam a se adaptar aos novos meios.

Imprensa Marrom

Imprensa marrom é o nome dado ao tipo de jornalismo focado em divulgar notícias sensacionalistas onde os dados nem sempre são checados corretamente, tornando a notícia falsa e o veículo sem credibilidade.

O termo imprensa marrom é inspirado no termo yellow press (imprensa amarela), que surgiu nos Estados Unidos, quando no final do século XIX os jornais New York World e The New York Journal brigavam para ver quem iria publicar em suas páginas o desenho Yellow Kid. A briga foi tão forte que ambos começaram a publicar notícias falsas, sensacionalistas e sem escrúpulos para atacar o concorrente e vender mais jornais.

No Brasil, a adaptação do termo ocorreu pelo jornalista Calazans Fernandes. Por achar a cor amarela muito amena, escolheu substituí-la pela cor marrom para fazer referência a imprensa sensacionalista e inescrupulosa.

A primeira revista brasileira a ser acusada de agir como imprensa marrom foi a revista Escândalo, que extorquia dinheiro de pessoas fotografadas em situações comprometedoras. Certa vez, um homem fotografado pela revista se suicidou após se negar a pagar para não ter sua foto publicada.


Calazans Fernandes, o inventor da adaptação da expressão imprensa marrom, contribuiu para o fim da revista Escândalo, já que divulgou todas as barbaridades que a revista fazia para conseguir uma alta vendagem.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornalista.com.br

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