terça-feira, 25 de julho de 2017

Morre aos 84 Domingo Alzugaray, fundador da revista 'IstoÉ'

Foto reproduzida da revista ISTOÉ e publicada pelo blog 
"Meio Impresso",  para ilustrar postagem.

Morre aos 84 Domingo Alzugaray, fundador da revista 'IstoÉ'.

Publicado originalmente no site do jornal Folha de S. Paulo, em 24/07/2017.

De São Paulo. 

O empresário Domingo Alzugaray, cofundador da Editora Três e da revista "IstoÉ", morreu nesta segunda (24) aos 84 anos.

Alzugaray deixa a mulher, Cátia, dois filhos, Paula e Caco, e quatro netos.

O velório será nesta terça-feira (25), no crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra (SP), a partir das 11h, com cerimônia de cremação às 14h.

Nascido na Argentina, Alzugaray se naturalizou brasileiro em 1966. Ex-ator com passagens por cinema e teatro, entrou para os negócios pelas fotonovelas.

Convidado pela Editora Abril, ajudou a produzir revistas do gênero e galgou postos na empresa até chegar a diretor comercial.

Em 1972, deixou a Abril para fundar com Luiz Carta e Fabrizio Fasano a Editora Três, de onde saíram títulos como "Planeta", "Status", e "Motor Show", entre outras.

Lançou também, ao lado de Mino Carta, a segunda encarnação da revista "Senhor", título criado nos anos 1950.

A "IstoÉ", semanal ainda em circulação, foi fundada em 1976, em parceria com Mino Carta, Tão Gomes Pinto, Fernando Sandoval e Armando V. Salem.

Três anos depois, "Carta convenceu um relutante Alzugaray a investir o pequeno lucro da publicação em um jornal diário", relata Oscar Pilagallo em "História da Imprensa Paulista".

"Apesar da constelação de profissionais, o 'Jornal da República' mal deu para a saída", conta Pilagallo. "Em menos de um mês, Alzugaray queria fechá-lo." O título deixou de circular em cinco meses e o empresário precisou vender a marca "IstoÉ". Em 1988, porém, conseguiu recomprá-la.

A revista foi fundida à "Senhor", em parceria que durou até 1992, quando voltou a circular com seu nome original.

Em 2007, o empresário passou a seu filho, Caco Alzugaray, a presidência da editora, em meio a nova crise financeira.

Na época, noticiou-se que a empresa tinha dívidas de R$ 500 milhões, dos quais 70% seriam com o governo.

Nos últimos anos, o setor de revistas semanais vem apresentando queda na circulação e na fatia publicitária, notícia a que ele provavelmente não daria destaque. "Fracasso não vende revista", respondia aos seus repórteres quando eles propunham para a capa das publicações uma história de derrota.

Internado havia cerca de 25 dias no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o empresário teve complicações neurológicas causadas pelo mal de Alzheimer.

Texto reproduzido do site: folha.uol.com.br

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