Momento histórico: Mino Carta aprova a primeira capa da nova
CartaCapital.
Às vésperas de completar 20 anos, CartaCapital chega às
bancas totalmente renovada: layout moderno, novas seções, logotipo mais
arejado, mais gostosa de se ler e totalmente integrada ao digital. Com a mesma
credibilidade e personalidade de sempre.
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Editorial
Também somos confiantes
A prova está nesta reforma gráfica que não contempla somente
a estética
por Mino Carta — publicado 02/05/2013.
O Brasil está confiante, CartaCapital também. Haverá quem
observe que Confiança é mesmo o nome da editora. Dobra-se, então, nossa
confiança, no presente e no futuro.
Esta edição prova ao inaugurar uma reforma gráfica profunda,
a começar pelo logotipo, apresentado em novos caracteres o nome da revista. Os
antigos gregos entendiam a estética como sinônimo de ética. Digamos que, no
nosso caso, a forma produz inovações inclusive no conteúdo. Uma diferenciação
clara se estabelece entre Política e Economia, incluído nesta, obviamente, o
mundo dos negócios, o business. Desaparece a seção Ideias, engolida pela nova
QI, mais abrangente e mais curiosa dos comportamentos do homem contemporâneo.
Sim, somos muito confiantes na certeza da prática do
jornalismo honesto, na contramão de quantos inventam, omitem e mentem.
Permito-me um exemplo. Na edição da semana passada, o repórter Leandro Fortes
desmontou, peça por peça, o esquema montado pelo governador de Goiás, Marconi
Perillo, para grampear os desafetos. A reportagem teve ampla repercussão em
Goiás e na internet. Quanto a jornalões e quejandos da mídia nativa, o
costumeiro, estrondoso silêncio. A despeito da importância do assunto. Mas será
mesmo que quando a mídia nativa não noticia, a Globo na linha de frente, o fato
simplesmente não se dá e o mundo gira à toa?
Situações desse gênero só acontecem no país da casa-grande e
da senzala. Inimagináveis em outro canto democrático e civilizado. Nem por isso
perdemos a confiança, a partir de uma escolha de vida feita em nome da estética
e da ética, e ao aceitar os riscos inerentes. Vamos pelo nosso caminho, e agora
alargamos vigorosamente o passo. Algum dia a casa-grande e a senzala serão
demolidas e o Brasil terá o destino que merece. Talvez venha a se parecer com o
paraíso terrestre vaticinado por Américo Vespucci.
Razões não faltam a justificar a confiança do Brasil. Certos
números hoje falam claro, bem ao contrário do que se dava durante a ditadura,
quando Geisel definia o País como “ilha de prosperidade” em meio à crise do
choque do petróleo. Confiança houve em outros momentos, devida, porém, à índole
otimista e um tanto festiva do povo brasileiro. Nos últimos dez anos ocorreram
mudanças sensíveis a motivar os humores positivos da maioria graças ao
enfrentamento da decisiva questão social.
Sabemos que os governos de Lula e Dilma conseguiram melhorar
a vida de muitos brasileiros, daí a maior consistência dos motivos da
confiança, como esclarece a reportagem de capa desta edição confiante. Não é
que não soframos as consequências do desastre provocado mundialmente pela
prepotência neoliberal, mas na moldura global gozamos de uma condição
privilegiada.Basta comparar com os dias amargos vividos pelo ex-Primeiro Mundo.
Texto e fotos reproduzidos do site: cartacapital.com.br
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