Publicado originalmente no Perfil do FACEBOOK/IGOR SALMERON,
em 9 de abril de 2021
A fascinante odisseia de Diógenes Brayner:
Genuíno Patrimônio do Jornalismo de Sergipe e do Brasil¹
Por Igor Salmeron *
Ao estudarmos sócio historicamente o percurso do Jornalismo
em Sergipe, percebemos a altivez com quê Diógenes Brayner se destaca no cenário
local-nacional. Podemos afirmar, sem relutar, que este ilustre personagem
faz-se paradigma na atividade jornalística sergipana. Poucos são os que tiveram
e possuem esse ímpeto de ir onde o fato está. Compromissado, repleto de
obstinação: Eis Diógenes Brayner – Lenda viva, àquele que é sinônimo do mais
alto rigor na esfera das notícias.
No último dia 07 de abril, comemorou-se o especial Dia do
Jornalista, que fora instituído no ano de 1939, por ato decisivo tomado pela
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), para homenagear o médico e jornalista
Giovanni B.L. Badaró, que havia sido morto por desafetos políticos no ano de
1830. Esses fundamentais profissionais da mídia possuem papel importantíssimo
em apurar os fatos e levar as informações sobre os acontecimentos locais,
regionais, nacionais e internacionais para as pessoas, de maneira reta e ética.
Dito isto, o presente artigo foi feito para trazer uma análise
biográfico-histórica acerca de um nossos mais destacados personagens na seara
jornalística sergipana: José Diógenes Menezes Brayner.
No auge dos seus atuais 74 anos de idade, Diógenes Brayner
continua pulsante no que tange à busca por notícias. Dotado por um entusiasmo
inabalável, ainda se maravilha por essa atraente atividade que é o jornalismo.
Brayner, sem dúvida alguma, ocupa status de Lenda viva em Sergipe – está no
panteão dos seletos nessa diferenciada área. Só para termos uma ideia, por aqui
em terras sergipanas já se soma mais de quatro décadas de inclinação
ininterrupta e no total, quase seis décadas doadas integralmente à ambiência do
jornalismo político. Sua dedicação é digna de louvor.
Toda informação trabalhada por Brayner é regida com ardor,
exatidão e muita circunspeção. Dizem que quem o vê trabalhar de perto, costuma
melindrar-se dias a fio no ensejo de uma notícia, só para apresentá-la por
completa, despida e, se presumível e preferencialmente, privilegiada. Não se
pode dissociar o seu fulgurante nome do universo político, já que seu
entusiasmo diante dos fatos e das ocorrências sempre esteve em primeiro lugar
no seu invejável currículo. Entre tantos destaques da sua ação prolífica no
jornalismo, podemos elencar: notícias gerais e edição de alguns jornais. O
matiz do seu brilhantismo jamais recrudesceu, pois soube programar alegria
constante na concretude dos seus sonhos.
Seu entusiasmo nos remete à miríade de expertises que lhe
delineia o domínio de profícuas habilidades. Desde quase os 15 anos de idade,
Brayner se reinventava e já se debruçava com talento singular sobre o universo
das notícias. Sua atividade tem como fagulha a Paraíba, onde depois se
aperfeiçoa em Pernambuco, chegando ao Mato Grosso do Sul, Piauí e aportando,
por fim, em Sergipe – justamente aqui o seu nomadismo na esfera noticiosa cessa
e ele fixa as raízes que jamais lhe foram arrancadas. Podemos afirmar que
Diógenes Brayner é e sempre foi um repórter, sem linguagem empolada. Homem
distinto que continuamente se interessa pelo dia-a-dia da informação.
Ao estudar o riquíssimo trabalho de Brayner, percebemos que
a sua impecável redação se volve para expor os fatos do cotidiano de uma cidade
na forma rigorosa de sua intrépida escrita. Ele nutriu grande afeto por uma das
mais sinuosas áreas jornalísticas: o jornalismo político. Ao escrever sobre
política, Brayner sempre se prostrou diante de um imenso tabuleiro de xadrez,
onde mexia em informações escamoteadas – nos interstícios dos bastidores para
que pudesse cometer o seu célebre xeque-mate ao publicá-las. Diariamente ele
destila esse trabalho impecável, sendo um ser humano que aprecia mais o clima
noturno – nas madrugadas está em contínuo alerta para buscar informes e até
ligar diversas vezes para uma fonte com o objetivo de afiançar detalhes
delineadores de uma notícia.
Notas lacônicas o interessam. Dizem os mais próximos que
Brayner é um cara inflexível. Mas nada que ele não consiga diluir pelo véu de
reinvenção que impera em seu jeito de agir e conduzir com apreciável temperança
sua vida. Prova disso é que grande parte dos leitores tratam Brayner muitíssimo
bem. Iremos agora entrar com mais detalhes no seu percurso biográfico. Diógenes
Brayner tem seu nascimento datado pelo dia 17 de janeiro do ano 1947 em
Petrolândia, Pernambuco. Seus obsequiosos pais, Seu Arlindo Brayner de Lima e
D. Leolinda Menezes Brayner, legaram ao filho educação e polidez cogente para
conduzir seus caminhos com êxito. É no Recife que Brayner faz sua Faculdade de
Comunicação, e para chegar até Sergipe vivenciou uma prolixa dispersão.
Para começo de conversa, Brayner foi para o Mato Grosso do
Sul, fazendo carreira de bancário concursado pelo Banco do Brasil, emprego este
que logo após abdicaria para se consagrar com inteireza à edificação da sua
trajetória como profissional na comunicação. Apropinqua-se aqui em Sergipe,
mais especificamente no ano de 1982, por meio de convite feito pelo então
empreendedor nato Nazário Pimentel, proprietário do antológico Jornal de
Sergipe. Vale ressaltar que Brayner nesse efervescente tempo, contraiu belo
matrimônio com uma valente sergipana de Propriá, D. Adília Figueiredo Brayner.
O fruto pródigo dessa primeira união nupcial resultou nos seus quatro
inteligentes e notáveis filhos no cenário sergipano: Aloma, Alanna, Anco Márcio
de Figueiredo Brayner e Pablo.
Além do pai prestativo que sempre foi, se mostra em dias
hodiernos o carinhoso avô de Giovanna Lobo Brayner, Guilherme Lobo Brayner,
Maria Clara Brayner Mendonça e de João Matheus Brayner Mendonça. Atualmente
Diógenes Brayner é casado com a dedicada Renata Brayner, sua duradoura namorada
– figura essencial em seu percurso existencial e, nomeadamente, no clássico
Portal Faxaju. Estão juntos desde o ano de 2003, casando três anos depois em
2006. Renata contribuiu enormemente para que fosse fundado o referido e
importante Portal em Sergipe, donde veio a se tornar notável diretora
Comercial.
Em seu admirável trajeto profissional Brayner sempre teve
imperiosa necessidade de se aproximar das boas fontes e ficar à disposição
delas. Percebia sabiamente que a notícia de bastidor não chegava ao repórter se
não fosse transmitida por alguém que participou dela e a refletiu. É imperativo
habilidade para se aproximar de alguém que se adjudica para poder relatar um
fato e isso, indubitavelmente, Brayner possui. O dia a dia da prática é que
continuamente foi preponderante na sua atividade como jornalista. Brayner aprendeu
o jornalismo nas redações e não somente nas ambiências acadêmicas. Cultivou
excitação de estar na redação e ter que correr para cobrir uma notícia extra –
fato este que faz com inestimável maestria que lhe é intrínseca.
Brayner foi e continua fascinado pelo risco da captação
ampla de fatos que acontecem em determinados momentos. Uma das ações que
caracterizam sua incrível trajetória reside no nascimento do Faxaju que foi
originado num dia 19 de junho do ano 2007. Brayner antes desse derradeiro momento
que lhe abriu as portas para a internet, assinava uma relevante Coluna,
denominada Plenário, postada no tradicional site da Infonet. A transferência
dessa Coluna para o Faxaju foi possibilitada muito em parte pelo auxílio do
renomado empresário Nivaldo Almeida, ligado ao comando da Infonet. É importante
frisar a ligação entre Nivaldo e Brayner, pois por meio da sua discrição,
humildade e visão moderna em relação à tecnologia da informação, sobretudo,
através da formação de excelente equipe para manter a Infonet funcionando de
maneira visionária.
Nivaldo Almeida pôde viabilizar a disseminação do trabalho
de Brayner na internet. Faz-se imperioso realçar que é notável o exímio
trabalho de sua esposa Renata Brayner na direção Comercial e Administrativa do
Portal Faxaju Online, pois faz prolíficos contatos com empresas, setores
públicos e agências de publicidade em geral. Renata é a responsável pelo
controle dos débitos e créditos, fazendo com elogiável eficiência e experiência
de quem um dia já gerenciou uma loja de joias.
A vida financeira da empresa é garantida por Renata Brayner,
o que lhe confere inegável relevância com relação aos demais componentes da
equipe, incluindo o próprio Diógenes Brayner. Brayner é intransigente com
relação à alteração dos fatos. Homem que dialoga, e que prefere conversar a
fragilizar a classe dos jornalistas. A conciliação é ponto em voga na sua
aguerrida personalidade que é calcada por paixão e a indispensável necessidade
de prática da humildade. Fazer Jornalismo para Brayner é ter envolvimento
direto com o fato, independentemente de outros fatores que levem a exercer a
profissão.
Com relação a ter ocupado funções públicas na área de
comunicação, Brayner em Teresina, graças ao auxílio de um amigo, Marconi Dias
Lopes, um ex-gerente geral do Banco do Nordeste, ao ter assumido a Secretaria
da Fazenda, o convidou para ser seu assessor de imprensa. Nesse tempo, Brayner
exercia direção de redação do Jornal O Dia e foi uma experiência que lhe
ensinou bastante a transitar entre contrastes. Hoje em dia, por exemplo, ele
percebe que a assessoria mudou e que existem excelentes jornalistas prestando
serviços a setores oficiais e privados, com responsabilidade, competência e
absoluta liberdade.
Graças ao então governador Marcelo Déda, no ano de 2007,
deu-se a estalar fagulha em Brayner para que enxergasse na comunicação online o
futuro. A informação imediata atraía mais os leitores, e Déda sábio o inquiriu:
‘Por que não faz um site?’. Nesse tempo Brayner trabalhava ao lado do
respeitado jornalista Sales Neto, que teve o ímpeto de convidar uma equipe
técnica para construir um portal. Graças ao saudoso Marcelo Déda e a Sales
Neto, Brayner pôde seguir nos bosquejos da internet. No universo do jornalismo
político, Brayner navegou por muitas vezes em águas tempestuosas devido à
vaidade que impregna essa sinuosidade – fator que ocasiona distanciamento da
fonte. Diógenes continuamente sabia que o detentor das boas informações é a
fonte, pela qual sempre tratou com respeito e participação na divulgação do
fato.
É fundamental ter as fontes. Brayner ensina com a sua
admirável jornada que há necessidade do jornalista ter a consciência de que ele
é somente um intermediário entre a fonte e o leitor. Conquistar confiança é
fator preponderante – sem ela não há a menor chance de se conseguir uma
informação privilegiada. Brayner catava informações exclusivas dos bastidores
da situação, mas também o fazia na oposição, tudo com a mesma ênfase. Seu golpe
de Mestre: pois os leitores se dividiam com relação à posição política dele,
muitos o consideravam governista e outros oposicionista. Isso sempre deixou
Diógenes Brayner consciente de que estava jornalisticamente apropriado. Em
épocas difíceis da sua vivência como jornalista, Brayner chegou a pegar dois
anos e nove meses, assomada multa de 20 salários mínimos, pois se recusou a dar
o nome de uma fonte nos anos de chumbo do AI-5. Foi em Teresina, e teve direito
a suspensão condicional da pena. Ele teve que comparecer a cada três meses na
Justiça Federal.
Uma das principais virtudes de Diógenes Brayner é reconhecer
o erro, sendo esta característica tão cara a qualquer profissional da imprensa.
Ele tem consciência de que ninguém é infalível e pode cometer divulgação
imprópria da notícia. Brayner se torna digno, pois sabe que errar é humano.
Mais precisamente aqui em Sergipe quando aportou, Brayner observou que se
praticava jornalismo analítico, artigos e comentários pessoais eram encontrados
a esmo. Não se tinha uma busca da informação enfática, era bastante escassa. Eram
mais válidos os editoriais bem colocados, bem como o confronto político, o que
incluía até os próprios membros da imprensa.
No seu cabeçalho, Brayner passou a fazer análises,
primárias, do que acontecia na política e ficou fascinado pelo que ocorria nos
bastidores. Percebeu que a verdade de todas as questões, relacionadas ao
universo político, circulava de maneira conspícua nos proscênios. Desta feita,
mergulhava fundo neles, o que lhe faz rememorar à época de Teresina donde
mantinha esse processo de incessante busca pela informação excepcional, e onde
fez a primeira coluna política intitulada: ‘Zona Franca’, um genuíno sucesso
nesse tempo auferido. E foi acertadamente de Teresina que ele traz em seu bojo
esse modelo continuado em Aracaju.
Brayner conheceu a política local e os políticos telúricos
sergipanos. Escrevia a Coluna Painel sem conter sua assinatura, pois a linha do
jornal não consentia. Brayner foi fundo e passou a dar informações de todos os
municípios, inclusive das mais longínquas nas câmaras municipais. Essa ação fez
toda a altercação – Brayner conseguiu trazer prefeitos e vereadores do interior
para o noticiário político do jornal na capital. Interessante mencionar que
Brayner em sua época escolar, foi aluno do Liceu Paraibano, chegando ao
Científico, pois se imaginava um agrônomo. Resolveu fazer vestibular para
Jornalismo na Católica de Pernambuco, uma das poucas Universidades do Nordeste
que oferecia o curso. Nesse entremeio, havia sido aprovado em concurso do Banco
do Brasil aos 17 anos e seis meses, sendo que só foi convocado três anos
depois.
Brayner iniciou na cidade de Bela Vista, no Mato Grosso do
Sul, fronteira com o Paraguai, sendo transferido para a cidade de Carpina, a 52
km de Recife, um ano sucedâneo. Foi aí que ele fez o curso específico de
Comunicação Social, que se iniciava na Universidade Federal de Pernambuco. Era
uma luta, pois saía de Carpina, e viajava a Recife para as aulas. Nesse tempo,
Brayner começou a trabalhar no Diário de Pernambuco e voltou a sentir na pele a
propensão pela notícia. Deixou o BB quando foi transferido para a Agência
Guararapes, em Recife, e jamais voltou.
Dentre suas várias inspirações no cenário do jornalismo
político brasileiro, podemos elencar: Carlos Castelo Branco, Alberto Dines,
Zózimo Barroso do Amaral, este responsável por um novo modelo de colunismo
social. Samuel Wainer, visionários dos anos 50 e 60, responsável por ter
reformulado no jornalismo um projeto visual no seu jornal Última Hora e Mino
Carta. Todos eles germinaram em Diógenes Brayner o espírito de que a notícia
deve ser como o fato realmente aconteceu. O jornalismo para Brayner é feito
para todos: tanto para pessoas consideradas eruditas e incultas.
Brayner sempre foi direto ao assunto, sendo este o caminho
correto e indefectível para que se alcancem todas as classes sociais. Afinal, a
tese diz que a notícia que interessa é aquela que foge à normalidade dos
movimentos, atos e responsabilidades. Brayner no comecinho foi noticiarista,
abonava formato de notícia aos telegramas do noticiário nacional e
internacional. Nesse entremeio ele teve o maior aprendizado da sua vida nesse
âmbito – logo após, passou a cobrir, como destemido repórter, as editorias de
Cidade e Cultura, e daí Brayner se concretizou. Pela sua amizade com Nazário, o
mesmo lhe solicitou que mudasse o visual do Jornal de Sergipe e que
modernizasse a forma de redação e de como expor as notícias.
Brayner então passou uma semana e quando foi despedir-se,
Nazário lhe fez o convite para editar o seu jornal. Por influência da sua até
então esposa na época, Brayner aceitou permanecer aqui em Sergipe. Aos poucos
ele observou que o quadro do jornalismo foi se modificando com a introdução do
sistema de pautas e a busca pela notícia política, policial, de cidade, de
economia e do interior, que passaram a fortalecer a informação que o leitor
tanto carecia. Brayner, frisemos aqui: sempre teve tendência à cobertura
política, resultante do corolário que havia praticado já em Teresina, e que
recrudesceu ao se envolver diretamente no Diário de Pernambuco.
Lá começou como redator e em seguida foi editor de texto e
logo após editor-geral. O assunto o começou a fascinar quando teve os primeiros
problemas com o Golpe de 1964. A partir daí sentiu a necessidade de se
aprofundar nas questões políticas de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil. O
audacioso garoto que nasceu às margens do Rio São Francisco, Petrolândia, alto
sertão de Pernambuco veio para conquistar a tudo e a todos nessa seara da
comunicação. Saiu aos quatro anos de idade e foi para João Pessoa, capital da
Paraíba, onde viveu sua infância e adolescência. Seguidamente foi para Recife,
onde passou a maior parte da sua vida adulta. Brayner passou cinco anos em
Teresina, no Piauí, como editor do jornal O Dia.
Outra das suas primeiras atuações nos meios de comunicação
que vale o destaque aqui no artigo está ligada a João Pessoa. Lá tem um jornal
centenário A União. O editorialista era o Advogado e Jornalista Antônio de
Arruda Brayner, seu admirado tio que lhe iniciou no mundo do jornalismo.
Antônio Brayner o levou para trabalhar com ele em A União, acentuado detalhe:
Diógenes Brayner tinha apenas 15 anos de idade e um talento pulsante. Ficava na
revisão do Diário Oficial, essa experiência o deixou aturdido, pois lá pôde
sentir as emoções diárias, percebendo desde cedo que ali era o seu melhor rumo
profissional.
Começou como noticiarista, depois fez reportagens, cobriu
eventos culturais, escreveu a primeira coluna sobre cultura, cujo título era
‘Pontos nos ís’, e em seguida outra sobre MPB. Brayner chegou a fazer teatro
com Cátia de França, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Alceu Valença dentre diversos
que viraram celebridades. Ele que jamais havia se imaginado numa Editoria
Política, percebeu que sua vida profissional estava erguida nesse bem-aventurado
caminho.
O ano de 1982 foi decisivo para Diógenes Brayner. Sua
permanência em Sergipe se deu por um porventura – no tempo em que dirigia o
jornal O Dia, em Teresina, de seis em seis meses vinha a Sergipe, em férias
esporádicas, para buscar sua ex-mulher que era de Propriá, mas aproveitava para
visitar os pais e a família dela naquela cidade e em Aracaju. Assim que chegou
por aqui, um empresário amigo o pediu para levá-lo ao proprietário do Jornal de
Sergipe, no dia ulterior, o dono do jornal quis falar com Brayner: este era o
mítico Nazário Pimentel, que desejava dinamizar sua empresa. Toda a história,
como bem observada, já foi mencionada nos parágrafos anteriores.
Um dos seus maiores espólios está ligado ao de que um bom
repórter político não deve se pendurar em partidos e nem abalançar preferências
ou ideologias nos fatos que relatam no noticiário geral. O leitor, ouvinte ou
telespectador tem que estar bem informado, com equidade e cautela, de todos os
movimentos da política municipal, estadual e nacional. Podemos dar o veredito:
No auge dos seus vívidos 74 anos de existência, Diógenes Brayner ainda nutre
uma paixão juvenil pela notícia política – explicação disso? Paixão e contumaz
paciência.
Seu olho de lince como profissional resgatando o contexto
noticioso fornece toque de credibilidade ao fato exposto. A amplitude e
detalhes da matéria – são pontos modelares na veiculação correta noticiosa. O
tipo de informação hoje acontece dentro do tempo dela e não por meio da ânsia
para que se concretize a fim de atender a pressa da divulgação. Brayner nos
alerta sabiamente: o jornalista deve se acomodar ao tempo da notícia e olvidar
o seu tempo determinado. Dentre as
tantas honrarias e homenagens que lhes foram conferidas podemos destacar o
reluzente Prêmio Roberto Marinho de Mérito Jornalístico, ofertado pelo Senado
no dia 29 de outubro do ano 2015. Este ígneo desiderato confirmou que Brayner,
ao lado de nomes do quilate de Gerson Camarotti e Berenice Seara, é daqueles
jornalistas brasileiros que pode ser classificados como especialista regional
em sua profissão.
Diógenes Brayner foi também agraciado com a egrégia Medalha
do Mérito Tobias Barreto no ano de 2018 na área Jornalismo, maior comenda
cultural do Estado. Esta Medalha que foi instituída através da Lei Estadual Nº
2.55 de 21 de Novembro de 1985, atesta a distinção de Personalidades e
Instituições que, por seus méritos e sua cooperação, tenham se destacado no
Estado de Sergipe ou nacionalmente, contribuindo para o desenvolvimento das
atividades culturais sergipanas. Diógenes mais uma vez atesta a sua importância
para o fortalecimento da arte, cultura e educação. Segundo o Site Imprensa 24h,
Diógenes Brayner foi o Melhor Jornalista de Sergipe em 2020, declarado como
decano do jornalismo político no Estado.
Conclui-se que Diógenes Brayner sempre está em busca das
notícias completas e exclusivas, alimentada por uma paixão irrefreável pela sua
formidável profissão. Na seara política, Brayner espolia o legado de estudo
referente a toda e qualquer informação, com o objetivo de descortinar o que
está abstruso. Na sua esplêndida odisseia existencial em nível local-nacional,
Diógenes Brayner com íntegra dedicação é levado a ser e estar no rol dos
eternos em Sergipe e no Brasil. Se o exercício do jornalismo é a cura para a
desinformação, e é prática cotidiana da argúcia – Brayner, significativo
patrimônio do Jornalismo sergipano o faz com devida altanaria, indiscutível
artesão esculpidor das palavras que não desvanecem jamais.
* Texto escrito por Igor Salmeron, Sociólogo - Doutorando em
Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal
de Sergipe (PPGS-UFS), com pesquisas financiadas pela FAPITEC/CAPES e faz parte
do Laboratório de Estudos do Poder e da Política (LEPP-UFS).
E-mail para contato: igorsalmeron_1993@hotmail.com
Texto e imagem reproduzidos do Perfil Facebook/Igor Salmeron
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