sábado, 27 de janeiro de 2024

Entramos no ano do centenário do Diário do Comércio

Publicação compartilhada do site DCOMÉRCIO, de 15 de janeiro de 2024  

Entramos no ano do centenário do Diário do Comércio

Criado em 1° de julho de 1924 como um Boletim Confidencial, o DC completa um século de história com o propósito de munir o empresário de informações que o ajude no dia a dia dos negócios

Por Renato Carbonari Ibelli

Entramos no ano do centenário do Diário do Comércio

Em 1° de julho, o Diário do Comércio passa a fazer parte de um distinto grupo de publicações - entre as quais estão o Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, The New York Times, The Guardian - que noticiam acontecimentos do Brasil e do mundo há pelo menos 100 anos. 

Para comemorar nosso centenário, estão sendo preparadas diversas ações - entre elas o lançamento de um livro e uma exposição de capas históricas do jornal. Além disso, a partir de hoje, periodicamente faremos inserções no site do DC com conteúdos que remetam a fatos importantes da nossa história. 

Para iniciar essa série, achamos importante mostrar ao leitor, ainda que de forma resumida, como o jornal se transformou ao longo das décadas, com a intenção de levar informações úteis e de qualidade aos empreendedores de diferentes épocas.  

Nossa trajetória começou em 1924, quando a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), entidade que mantém a publicação até hoje, passou a distribuir algumas folhas datilografadas sob o título de Boletim Confidencial. Suas páginas traziam uma relação de nomes de pessoas que deviam na praça. 

Era um informativo restrito, como o próprio nome sugeria, mas de grande importância para os comerciantes, que a partir das informações ali publicadas podiam atuar no mercado de crédito com mais segurança.

Esta é a primeira edição do informativo que mais tarde se tornaria o Diário do Comércio. A publicação nasceu em 1924 com o nome de Boletim Confidencial, e trazia uma relação de nomes de devedores - algo que ajudou a dar mais segurança ao mercado de crédito, à época

 Com o tempo o conteúdo ganhou corpo, com a incorporação de estatísticas das mercadorias que entravam na cidade de São Paulo, a movimentação dos navios que atracavam no porto de Santos, manifestos de importação e exportação. Não havia mais motivo para a publicação ser “confidencial”, e em 1929 ela muda de nome para Boletim Diário. 

Nessa época, o informativo ainda era feito de maneira artesanal, com cópias rodadas em mimeógrafo. Mas à medida que a publicação ganhava corpo e leitores, foi necessário modernizar o processo. Em 1947, com mais de 3 mil assinantes, o boletim passa a ter impressão tipográfica, e ganha o formato de tabloide.

O nome Diário do Comércio batizaria a publicação dois anos mais tarde, em 1949. Pouco depois, em 1954, ao completar 30 anos, o jornal passa a ser impresso em gráfica própria. 

A partir de então, a publicação entra em um processo contínuo de transformação. Mudanças editoriais são implantadas nos anos de 1970, definindo seções fixas para debater política, economia - que passa a ter análises da equipe do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP -, ganha a seção “Empresas e Produtos”, entre outras. Nesse período, a publicação contava com uma média de 22 páginas e, segundo atas da ACSP, tinha mais de 20 mil assinantes.

Na década de 1980, o DC muda de endereço. A publicação, que já havia saído da rua Boa Vista, no centro histórico da capital, para o Brás, agora instala suas oficinas na Rua Galvão Bueno, na Liberdade, local da antiga gráfica do Diário Oficial de São Paulo. Nessa transição, o jornal também ganha um departamento de marketing próprio para cuidar das assinaturas e comercialização de espaços publicitários.

As cores chegam às suas páginas em 1998, acompanhando o movimento das principais publicações do país.

A capa da edição de 1° de julho de 1949 anunciava a mudança de nome da publicação, que a partir de então passaria a se chamar Diário do Comércio

Ao entrar nos anos 2000, o DC é completamente repaginado. Ele ganha uma diagramação mais moderna, e tem a equipe ampliada. A partir de 2003, o jornal começa a desenvolver uma série de cadernos especializados (veículos, cultura, viagem, informática, esportes e imóveis) e rompe a fronteira de São Paulo, passando a ser distribuído também em Brasília.

Foi um período profícuo da publicação, que ganha prêmios, entre eles dois ExxonMobil de Jornalismo, conhecido como Prêmio Esso, o mais importante do setor. O primeiro veio em 2005 (Esso de Fotografia concedido a Evandro Monteiro, pela obra "Guerra no Centro"). O outro, em 2009 (Esso de Melhor Contribuição à Imprensa, pela obra "Museu da Corrupção").

O DC cresce nos anos 2000: ganha cadernos especializados, uma nova identidade visual e começa a ser distribuído em Brasília, além de São Paulo

O passo seguinte seria o mais difícil da história do jornal, que por mais de 90 anos foi o único impresso diário no mundo editado por uma entidade de classe. Em 2014, a edição impressa do Diário do Comércio foi encerrada. A partir de então, toda a atenção seria direcionada para o conteúdo digital, eliminando assim as barreiras logísticas que separam a informação dos leitores.

Hoje, o portal dcomercio.com.br auxilia o empreendedor com reportagens a respeito de tendências emergentes em áreas decisivas para as empresas, como gestão, marketing, finanças, tecnologia, inovação, sustentabilidade e legislação. 

IMAGEM: Arquivo DC e biblioteca ACSP

Texto e imagens reproduzidos do site: dcomercio com br

Nenhum comentário:

Postar um comentário