Foto reproduzida do Facebook/Carlos Magno
e editada pelo blog "Meio Impresso".
Texto publicado originalmente no Facebook/Antônio Francisco de Jesus.
Faleceu o jornalista Clarêncio Martins Fontes.
Foi sepultado na última quarta-feira, dia 14 de fevereiro,
no final da tarde, no cemitério São João Batista, o jornalista Clarêncio
Martins Fontes, 79 anos de idade. Ele foi um dos grandes sergipanos, exercendo
a atividade jornalística desde praticamente a adolescência e possui livros
publicados. Nos últimos anos, vivia fragilizado pela pobreza extrema e doenças
descuidadas. Morava em uma casa alugada, deteriorada, atulhada de livros, na
companhia da esposa, que sofre de sérios problemas mentais. Morreu praticamente
só. Quando um vizinho atendeu ao pedido de socorro da esposa confusa, ele jazia
sem vida no seu catre.
No sepultamento, estiveram apenas alguns familiares (duas
irmãs e quatro sobrinhos) e outro tanto de intelectuais, representando a
Associação Sergipana de Letras, na qual Clarêncio atuou sua vida inteira,
inclusive em posição de comando, e a Academia Sergipana de Letras, que lhe tem
grande respeito e admiração.
O Escritor Antônio Saracura, que esteve no sepultamento,
informou à nossa reportagem:
“Fui visitá-lo no começo da noite da terça-feira de
carnaval, saber como estava, pois não respondia aos telefonemas. Um vizinho me
recebeu e informou que Clarêncio falecera à tarde, e fora levado ao IML, por
não haver outro lugar onde guardá-lo até o sepultamento. Uma pessoa da família
fora localizada pela equipe da polícia presente à casa e levou embora a esposa
do jornalista, que não entendia o que estava acontecendo, aturdida,
desorientada. Clarêncio era aposentado (um salário mínimo) e vivia da ajuda de
amigos solidários. Deixou dois filhos que moram no Rio de Janeiro e não foram
localizados até a hora do sepultamento. As duas irmãs, que moram na cidade, em
bairro afastado, também são carentes e dizem que não têm condições de acolher a
esposa do jornalista”.
Clarêncio descente da fina aristocracia Sergipana do começo
do século passado, os Martins Fontes, com ramificação no Brasil e no exterior.
Texto reproduzido do Facebook/Antônio Francisco de Jesus
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