O jornalista e escritor Gilberto Dimenstein morreu em São Paulo nesta sexta-feira (29).
Foto: IARA MORSELLI/ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 29 de maio de 2020
Gilberto Dimenstein, jornalista e escritor, morre em SP aos
63 anos
Ganhador de prêmios literários e fundador do site Catraca
Livre, ele lutava contra um câncer desde 2019 e faleceu na manhã desta sexta
(29).
Por G1 SP — São Paulo
O jornalista e escritor Gilberto Dimenstein morreu em São
Paulo na manhã desta sexta-feira (29).
Autor de mais de 10 livros, Dimenstein lutava desde 2019
contra um câncer no pâncreas. Segundo divulgado pelo portal Catraca Livre, do
qual o jornalista era fundador e dono, ele morreu às 9h, enquanto dormia.
Dimenstein deixa dois filhos, Marcos Dimenstein e Gabriel
Dimenstein, a esposa, Anna Penido, e um neto.
"Morre hoje, 29, o jornalista Gilberto Dimenstein. A
luta contra o câncer levou o fundador da Catraca Livre, mas sua determinação em
construir uma comunidade mais igualitária, saudável e gentil, continua nesta
página", diz uma postagem publicada no perfil do site nas redes sociais.
Em um vídeo postado numa rede social em abril, o jornalista
disse que vivia o momento mais difícil de sua vida.
“Meu nome é Gilberto Dimenstein, sou fundador do Catraca
Livre, sou presidente do Conselho da Orquestra Sinfônica Heliópolis, e vivo o
momento mais difícil da minha vida. Estou há oito meses lutando contra um
câncer de pâncreas que criou metástase. Estou lutando, ainda vou vencer, mas
estou lutando”, disse.
Paulistano e de origem judaica, Dimenstein se formou em
jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, na capital paulista.
Em 1994, ganhou o prêmio Jabuti de melhor livro de não
ficção pelo então recém-lançado "O Cidadão de Papel". Na obra, o
autor busca mostrar o desrespeito aos direitos humanos na nossa sociedade. O
livro relaciona o assassinato de crianças, a violência, a fome e a falta de
escola com o desenvolvimento da economia e o desemprego.
Dimenstein também escreveu livros como "As Armadilhas
do Poder - Bastidores da Imprensa" (1990), Meninas da Noite" (1992),
"Democracia em Pedaços" (1996), "Quebra-Cabeça Brasil - Temas de
Cidadania na História do Brasil" (2003) e "Aprendiz do Futuro -
Cidadania Hoje e Amanhã" (2005) .
Ele trabalhou também como colunista no jornal "Folha de
S. Paulo" e como comentarista da rádio CBN, dos quais se desligou para se
dedicar a um projeto particular, o site Catraca Livre, uma plataforma
multimídia de jornalismo educativo que divulga atividades culturais gratuitas
em São Paulo.
Na "Folha de S.Paulo", foi diretor na sucursal de
Brasília e correspondente em Nova York.
Ao longo da carreira como jornalista, trabalhou também em
outros veículos de comunicação, como "Jornal do Brasil",
"Correio Braziliense" e a revista "Veja". Ficou conhecido
pela defesa de direitos nas áreas de educação e de meio-ambiente, nos quais
atuava com projetos sociais.
O corpo do jornalista deve ser sepultado no domingo (31), no
Cemitério Israelita em São Paulo, segundo o site Catraca Livre. O horário da
cerimônia ainda não foi informado.
Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com
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