sexta-feira, 25 de março de 2022

Milton Alves e a Imprensa Sergipana...

A foto é creditada a Wellington Barreto e postada pelo blog para ilustrar o presente artigo

Publicado originalmente no site do Jornal CORREIO DE SERGIPE, de 1 de abril de 2021

Milton Alves e a Imprensa Sergipana (Extratos de uma vida militante) 

Por Claudefranklin Monteiro Santos

Em 1832, em Estância, por iniciativa do monsenhor Antônio Fernandes da Silveira, foi criado o primeiro jornal sergipano, O Recopilador Sergipano. Sessenta e três anos depois, nasceu o Diário Oficial de Sergipe. Grandes periódicos e sujeitos marcaram a História da Imprensa em Sergipe. Na presente crônica, quero destacar um nome em especial, que esta semana completa 70 anos de vida, grande parte dela dedicada à política e, sobretudo, à arte de escrever, ao jornalismo e ao mercado editorial

Natural de Cedro de São João, Milton Alves nasceu no dia 2 de abril de 1951. Filho de Manoel José Alves e Maria da Conceição Alves. Até os sete anos de vida, morou na cidade natal, na Praça padre Manoel Guimarães, que seus pais escolheram para ser seu padrinho de batismo. Teve uma infância intensa, às voltas com brincadeiras como bola de gude, bola feita com meia, pião, pipas (ou arraias), partidas de futebol (peladas) em campinhos, muitas deles na areia.

Em 1957, mudou-se com a família para Aracaju: primeiro na Rua Vitória, casa próxima ao Colégio General Valadão. Em seguida, na Avenida Desembargador Maynard, 268 e de lá para a Rua Permínio de Souza, 316. Casado com Izaura de Menezes Alves, passou a morar na Rua Campos, 407, e três anos depois, voltou à Rua Permínio de Souza, desta feita na casa de número 336.

Milton Alves estudou no Educandário Alfredo Montes, na avenida Pedro Calazans. Fez o antigo Ginásio no Colégio Tobias Barreto e por dois anos, estudou o científico no Colégio Estadual Atheneu Sergipe, tendo largado para fazer o curso Técnico em Contabilidade na Escola Técnica de Sergipe. Na Universidade Federal de Sergipe, foi aluno do curso de Letras/Português, sem chegar a concluir, transferindo-se para o curso de Serviço Social, graduando-se em 1982. Tornou-se jornalista pelo Decreto-Lei nº 972, que regulamenta o exercício da profissão.

O jornalismo surgiu em sua vida nos finais de 1969, por conta de uma conversa com Antônio Vieira de Araújo. Ele o convidou para trabalhar no Gazeta de Sergipe. Na ocasião, conheceu e conviveu com Luiz Antônio Barreto, Nino Vicente de Aguiar Porto, Ivan Macedo Valença e Orlando Dantas, proprietário da empresa. Foi correspondente de O Globo, tendo interagido com companheiros professores em cursos de Comunicação em várias faculdades e deles sempre recorrendo a orientações didáticas e bibliográficas.

Ainda na imprensa, Milton Alves atuou como repórter e redator nos jornais Tribuna de Aracaju (Jornal da Manhã e hoje, Correio de Sergipe), Jornal da Cidade e Cinform. Na televisão, trabalhou na TV Aperipê e na TV Sergipe. Na TV Sergipe, por iniciativa de Teotônio Neto, recebeu a incumbência de fazer um piloto do Bom Dia Sergipe, no ar até hoje desde 1982. Foi, ainda, correspondente do Jornal da Bahia, da Revista Visão e do Jornal O Globo – por este, foi escalado para compor a equipe que fez a cobertura jornalística da visita do Papa João Paulo II a Salvador.

Profissionalmente, Milton Alves também foi Assistente Social durante três anos, no SESI. Teve uma atuação destacada na política sergipana, sobretudo na militância, tendo disso na Universidade Federal de Sergipe, presidente dos Diretórios Acadêmicos das faculdades de Letras e Serviço Social, representante dos estudantes nos Conselhos de Ensino e da Pesquisa e Universitário, presidente do Diretório Central dos Estudantes. Foi estagiário no Partido Comunista Brasileiro, mesmo que na clandestinidade, juntando-se a um grupo de companheiros na construção do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, do qual segue filiado ao PT.

No dia 22 de maio, Milton Alves e Izaura de Menezes Alves devem comemorar 45 anos de vida matrimonial. São pais de três filhos: Wlademyr de Menezes Alves, Cynthia de Menezes Alves e Mílton Alves Júnior, todos com nível superior e atuantes nas áreas de turismo, letras e jornalismo. Hoje, Milton se dedica às atividades da Editora Diário Oficial, segundo ele, um dos grandes legados do governador Marcelo Déda.

Texto reproduzido do site: ajn1.com.br

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