quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Morre Hugh Hefner, fundador da Playboy

  Fundador da revista e editor-chefe, Hugh Hefner,
 em foto tirada em 2007 (Foto: AP Photo).

Playboy, revista lançada em 1953 com uma capa sexy de Marilyn Monroe
Foto: Reprodução.

O fundador da 'Playboy', Hugh Hefner, posa com sua nova 
esposa, a coelhinha Crystal Harris, após o casamento celebrado na 
Mansão da Playboy, na Califórnia, no último dia de 2012. 
À esquerda, o cãozinho Charlie também aparece na foto. 
Foto: Elayne Lodge / PEI / Reuter.

Publicado originalmente no site G1, em 28/09/2017 

Morre Hugh Hefner, fundador da Playboy

Empresário tinha 91 anos. Sua revista chegou a ter uma circulação nos EUA de 5,6 milhões de exemplares em 1975.

Por G1

O fundador da revista Playboy, Hugh Hefner, morreu de causas naturais aos 91 anos, na noite desta quarta-feira (27), em sua casa em Los Angeles, nos Estados Unidos. A confirmação da morte foi feita pela conta oficial da revista no Twitter.

O anúncio da morte de Hefner no Twitter foi acompanhado de uma frase do empresário: "A vida é muito curta para viver o sonho de outra pessoa".

Hefner criou a Playboy Enterprises em 1953, companhia que começou com a revista "Playboy" e depois passou a produzir outros conteúdos eróticos para televisão e internet.

"Meu pai viveu uma vida excepcional e impactante. Defendeu de alguns dos movimentos sociais e culturais mais importantes do nosso tempo, na defesa da liberdade de expressão, dos direitos civis e da liberdade sexual", informou seu filho, Cooper Hefner, chefe de criação da Playboy Enterprises, em comunicado. "Ele definiu um estilo de vida", acrescentou.

Revista Playboy

A revista Playboy, lançada em 1953, conseguiu inspirar e acompanhar a "revolução sexual" dos anos 60 e 70. Foi uma proposta ousada: aliar mulheres nuas com entrevistas inteligentes e reveladoras.

A revista defendeu um estilo de vida hedonista, ideias politicamente liberais, costumes caros e o sexo recreativo - tudo isso numa época de forte repressão aos costumes.

O primeiro número de Playboy mostrou Marilyn Monroe, o maior símbolo sexual da época. Depois, virou uma das marcas mais famosas do mundo e foi a base de um império de mídia.

Nas décadas seguintes, Hefner montou um império liderado pela revista, que chegou a ter uma circulação nos EUA de 5,6 milhões de exemplares em 1975. O coelho símbolo da marca se tornou por si só um ícone pop.

Nos últimos anos, porém, a revista tem lutado contra a forte concorrência erótica gratuita na internet. Por um breve período, entre meados de 2016 até o início de 2017, a publicação experimentou evitar a nudez, antes de retornar à sua fórmula anterior.

"Hefner tomou uma abordagem progressiva não só para sexualidade e humor, mas também para literatura, política e cultura", disse o comunicado da Playboy Enterprises.

O bilionário também liderou batalhas de liberdade de expressão nos EUA, lutando até a Suprema Corte contra os Correios dos Estados Unidos. A companhia se recusava a entregar sua revista.

O empresário também ficou conhecido por festas em sua Mansão Playboy e por ter várias namoradas ao mesmo tempo ao longo da vida. Seu estilo de vida foi retratado no reality show "Girls of Playboy mansion", cujas primeiras temporadas tinham as loiras Kendra Wilkinson, Holly Madison e Bridget Marquardt.

Em 2010, Hefner anunciou o noivado com a modelo Crystal Harris, 60 anos mais nova que ele. Foi o terceiro casamento dele, que se divorciou de suas duas primeiras esposas na década de 1950.

Hefner deixa a mulher, Crystal, seus filhos, Cooper, David e Marston, e sua filha, Christie.

Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com

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